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terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Outrora

Outrora

Jurei esquecer o passado, mas essa saudade
Retrocede ao alvorecer da minha infância
E à vida cheia de bonança que não volta
Nunca mais! Os amores, os sonhos, as flores,
E àquelas tardes amenas eu quase louco vivendo
E olhando os arvoredos à sombra dos seringais!

Os dias maravilhosos ao surgir da vida
- Chora o espectro candura qual uma linda
Canção de amor; o vendaval – sopro ameno,
As nuvens - um mantilha de paz celestial,
O planeta – uma conspiração contra a dor,
Amor e vida - um hino, uma oração!

A aurora, o sol poente, a vida, noites de canções
Fervilhastes onde serena a mais doce magia,
Naquele tom ressonante, o céu a terra desce,
O amor os seres enaltece, a água invade canteiros
Enquanto a lua clara naquele lugar amanhece!


R J Cardoso

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