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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Copacabana, Princesinha do Mar

                    À “Princesinha do Mar” 


À estátua de Drummond restaurada


Por câmeras vigiada, vinte e quatro horas
Por dia e o poeta de óculos novos, hem!
Que maravilha!

Sentado no colo da “Princesinha do Mar”
Deixando-se amar como se criança fosse
Deixando viajar-se nas lentes do turista
De todas as raças, religiões ou cores.  
Ô poeta, nem assim, em ferro ou bronze
Aquieta-se, de emoção nos deixa patéticos
A pensar no amor. Já  nem sei lhe chamo
De voce ou de senhor. Itabira de ferro
E aço nunca há  de mostrar cansaço no amor.

Poeta, como é  ser feito de ferro ou bronze
E botar tanta gente ao seu redor?!
Quem ao Rio vier e não lhe visitar
Algo com certeza na bagagem irá faltar
E agora vigiado por câmeras, o poeta pode ficar
Tranquilo nos braços da nossa “Princesinha do Mar.”


De J R Cardoso, por e-mail 

PLINIO PRESIDENTE



O poeta Manoel Hélio declara o seu apoio à candidatura de Plínio para presidente do Brasil, com a Frente de Esquerda (PSOL, PSTU e PCB), mais os movimentos sociais engajados na luta dos trabalhadores e das trabalhadoras.

domingo, 27 de dezembro de 2009

SOLIDÃO A DOIS



SOLIDÃO A DOIS
(R J Cardoso)

O Telefone tocou, era de madrugada e eu trancado em minha casa, em plena Cidade Maravilhosa, numa incrível solidão. Atendi. Do outro lado uma voz me perguntou:


“Alô, qual é seu nome, posso saber? Não tenha medo eu só lhe quero falar de amor!”.


Confesso que senti meu coração acelerar naquele instante, pois eu não esperava por nenhuma ligação àquela hora. Disse apenas meu nome e me limitei a ouvir aquela voz em forma de canção. À medida que a voz vibrava em meus ouvidos, eu me excitava. O certo é, que já no inicio da conversa minha fantasia chegava ao extremo. Eu a pedi para se identificar, mas ela se recusou. Falou-me de coisas maravilhosas e marcamos um encontro. Cada um descreveu sua característica e traje que usaria para o reconhecimento. E depois desligou...


Fiquei imaginando como seria vê-la ao vivo e a cores. E enquanto imaginava meu coração saltava dentro do peito. Cada minuto demorava o que demora um mês e eu só tinha uma certeza: o tão sonhado dia chegaria; como chegou.


Tomei um ônibus próximo da estação de trens da Central do Brasil. Ao passar pela roleta perguntei ao cobrador se aquele ônibus passava na praça da felicidade, onde havíamos marcado o encontro e ele me respondeu que naquele lugar era proibida a passagem de veiculo automotor, explicando-me que o amor precisava de silêncio para a vida se completar. E tomado pela emoção que só é peculiar ao ser humano, sentei-me num banco ao lado do motorista, pois eu queria vislumbrar a paisagem sonhada por Monet.


Pedi ao motorista para eu descer no ponto mais próximo da praça. Dito e feito. Quando chegou ele parou, disse que eu podia descer e dobrar à direita. Passei por diversas casas de construções medievais, cujas ruas tinham forma de amor. Ao chegar, parei na esquina e pude avistar a mulher de meus sonhos. Aproximei-me e disse meu nome. Ela sem titubear me abraçou e me beijou ardentemente. Suas mãos cálidas deslizavam em meu corpo sôfrego e eu a amei como quem nunca havia sentido as delicias do amor. Escondi-me sob suas tranças e me deleitei do máximo que o amor podia oferecer. Sob as luzes de néon saímos a caminhar pela calçada, e os jardins floridos nos sugeriam noites de amor sem fim. Nosso olhar nos conduzia ao infinito e o sorriso reforçava o amor. Levou-me para a casa dos sonhos onde amamos, amamos e depois nos despedimos – Despediram-se corpo e alma, o amor não se despede nunca, se transforma em um recomeço – Ela seguiu seu destino, eu voltei para casa e fiquei aguardando até que o telefone tocasse outra vez.


Texto de R J Cardoso, por e-mail
Ilustração: José Geraldo da Silva

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

DECLARAÇÃO

DECLARAÇÃO
                                              (R J Cardoso)



Permitirei que conheças todos os meus pensamentos...
Todos os meus segredos e todos os meus lamentos
Sob esse céu azul repleto de luz e de perspectivas
Onde posso ver o brilho das estrelas no tempo presente.

Esse amor que eu conheço  é a verdade dos que amam
Mas não é  um lugar apenas, não é uma paisagem verdejante.
Onde há aves, folhas, sons melancólicos e ar rarefeito.
Apenas anjos tocando seus clarinetes sob o olhar de Deus...

Eu só lhe pediria para não ovacionar o olhar perdido de toda essa
multidão...É com toda inocência da poesia, com um apelo no ar...
Mas para que chorar se a alegria está nesses gestos tão 
Infantis onde tudo desperta nos braços das ilusões perdidas. 

Como pode um amor, sem recíproca, nem beijo ardente, me diria.
De tão distante, por telefone vêm às lágrimas!
Que brotam, molham e escorrem sobre o rosto e torna esse olhar
Hermético qual larva de um vulcão.

Vem-me... É como se fosse a hora da partida e abre outra janela,
Sem rancor, sem amarguras, sem pudor, sem piedade e melancolia.
Oh! Deixe esse olhar de abandono num lago ao frisson do vento e
Posta-se de seios para o poente qual sereia a boiar no calmo mar.

Oh, doce vida! Sobre a chama ardente que envaidasse e tortura.
Placidamente deixa vagar no peito alegria e descontentamento.
Transforma meus castelos, onde habitam anjos de minha paz e faz
Vibrar o espelho dessa multidão que te ama e te idolatra. 

Eu sei! Esse amor sabe que essa agitação é passageira, acalme-se
Que é apenas o momento da criação no calmo sossego da poesia,
Que surge e beija-me a face como fosse a gota d’água, o último
Suspiro, que me afaga, me encanta e me deixa delirando de tanto prazer!

Tu és sonho do sonho, o poeta inconsciente que vagueia nessa
Casa com teus suáves passos e serena musicalidade.
És tu! uma clave de Sol enfeitando a canção das águas em pleno
Luar em simetria e fragrância qual adolescente a brincar.

Teus versos transportam pulsações afetuosas! – flores!
Sonho fraterno nunca imaginado pelos que procrastinam a vida.
Visões de riachos partindo da fonte e colorindo paisagem
Crespa, "Sobre o panorama crucificado e monstruoso dos telhados!"(*)

Por que não vens? Por que não acentua tua candura a todos?
Por que não impregna essa alma nesse aroma macio de flores?
Deixe que o homem se envolva na face de teus personagens,
amor, doce amor, misterioso amor! 

Amor, sonho declarado, tu és a antevisão.
Só tu sabes e aceitas todas às minhas idéias
São palavras de vida e de sonho em mim
O teu mundo, a tua lâmpada e a tua calmaria. 


Créditos
Texto de R J Cardoso 
Foto: Manhã de 06 de agosto de 2006 em Pitangueiras - Guarujá - SP 
Autor desconhecido no site sobreasondas, atualmente fora do ar

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

O AMOR VIROU SAUDADE

O AMOR VIROU SAUDADE


O AMOR VIROU SAUDADE 
 R J Cardoso


De repente o amor se fez ausente
Levado pela brisa, de repente,
Qual nevoeiro ao poente

No coração se fez canção matiz
De repente, a ausência crispada
Era tudo ou era nada?
De repente a palavra nada diz

Mas soam os sinos de Belém
E o amor vai da esperança além
Tudo era verdade ou mentira
Nem raiva, nem ira, saudade apenas.

Aconchegue-se no mais calmo sossego meu
De repente, quem sabe, nele está a felicidade...
Nem lamento, nem magoa, nem rancor
De repente nosso amor virou saudade.


Créditos
Texto de J R Cardoso, por e-mail..
Foto "Amanhecer no Guarujá" de José Geraldo da Silva
Seleção de fotos de Daniela Giscard 

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

O aquecimento do Globo








    Os maiores responsáveis pela emissão de gás carbônico na atmosfera somos nós, os seres racionais. Por conseguinte, o aquecimento do globo terrestre está relacionado ao comportamento humano; o amor a si mesmo, à vida, à natureza e ao planeta. A mesquinhez, o materialismo, a ganância, a violência no campo e na cidade, a agressão ao meio ambiente, que geram a poluição.
    O século passado foi marcado pelo otimismo e, talvez, por exagerada autonomia, quando se pode conquistar muita coisa, como o extraordinário avanço da tecnologia. Foram vencidos todos os obstáculos no espaço, coisa que antes era tida como impossível, o homem alçou vôo e pousou na Lua.
    O sistema de telecomunicações e o progresso da ciência alcançaram seu ápice... Crescemos e suplantamos opiniões e tínhamos a certeza de que o mundo melhoraria, e isso traria retorno fundamental para todos os momentos e que esse progresso nos daria o controle da natureza, o que tem sido um grande problema.
    A partir de então ficamos todos preocupados com o degelo dos pólos, com a abertura na camada de ozônio e com o aquecimento da terra. Então, esses descobrimentos que deveriam, em princípios, ser solução, devidamente controlados, colocariam o mundo em perfeita ordem e o transformaria na paz tão sonhada, tranqüilizaria enriquecendo-o cada vez mais. Mas foi mera ilusão. Tentamos transformar este planeta, a partir da ciência, num jardim em flores, mas o transformamos num inferno em chamas com o uso da inteligência para conquistar nossos sonhos.
    Agora perdemos o fio da meada e vemos todos os dias à natureza pedindo socorro. Bastam nada mais, nada menos, que alguns minutos de vento forte e vendaval, para acontecerem terríveis desordens, agitação ecológica e isso nos deixa preocupado, e sem saber o que fazer. Vivemos momento complexo nesta natureza que nós mesmos tentamos controlar. E ai, fica a pergunta: “... E agora José...?”


Texto de R J Cardoso, por e-mail 


E agora Raimundo?

sábado, 12 de dezembro de 2009

Cerceamento à liberdade de imprensa


Alencar critica cerceamento à liberdade de imprensa no País

Entidades nacionais e internacionais também condenaram decisão do STF que manteve censura ao ''Estado''
Alfredo Junqueira, Clarissa Oliveira, Moacir Assunção e Ricardo Brandt


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O vice-presidente José Alencar afirmou ontem estar preocupado com o que considerou cerceamento à liberdade de imprensa, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de arquivar recurso do Estado que pedia o fim da censura a que está submetido. Há 134 dias o jornal está proibido de publicar reportagens sobre a Operação Boi Barrica da Polícia Federal, que investigou o empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). A mordaça foi imposta pelo desembargador Dácio Vieira, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJ-DF) no dia 31 de julho.                       



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Cerceamento à liberdade de imprensa preocupa, diz José Alencar


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"Eu não quero entrar no mérito do caso em si. Agora, tenho preocupação quando há decisão que cerceia a liberdade de imprensa", disse Alencar. "Tem uma frase antiga que agora não me está ocorrendo quem é o autor. Ela diz assim: "o preço da liberdade é a eterna vigilância". Um dos instrumentos mais importantes para liberdade é a liberdade de imprensa. É isso que fortalece a democracia."

Entidades nacionais e internacionais ligadas ao jornalismo e à defesa da liberdade de expressão repudiaram ontem a sentença do Supremo. A organização não-governamental Repórteres Sem Fronteiras, com sede em Paris, divulgou nota em que classifica a decisão do STF de "incompreensível e perigosa". A entidade afirma que o arquivamento é "um grave revés para a liberdade constitucional fundamental".

"Incompreensível porque foi essa mesma jurisdição a que revogou integralmente, no passado mês de abril, a Lei de imprensa de 1967, herdada do regime militar. Perigosa, pois esta validação de uma medida de censura preventiva estabelece um precedente arriscado que poderá ser utilizado por personalidades importantes contra o direito dos cidadãos brasileiros a serem informados", informa.

Para a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), o STF "deu aval à censura no Estadão". "Além de sacramentar a mordaça à liberdade de informação típica da ditadura militar, o Supremo Tribunal deu mostra de seu inadequado entendimento acerca da Constituição, persistindo em incompreensões constantes em votos de vários dos seus membros, como o ministro Gilmar Mendes, que se tornou, como demonstram recentes julgamentos, um defensor de restrições ao exercício da liberdade de imprensa que a Carta Magna não admite", afirmou o presidente da instituição, Maurício Azêdo.

"O ministro Gilmar Mendes, no seu discurso, banalizou e justificou algo absurdo como a censura prévia, comparando a situação do Estado ao caso da Escola Base, que não tem relação alguma", criticou o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Sérgio Murillo.

As entidades Comitê de Proteção aos Jornalistas, Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo e a ONG Artigo 19 também se manifestaram contra a decisão.

Para diretor executivo da Associação Nacional de Jornais (ANJ), Ricardo Pedreira, apesar da derrota, a entidade crê que os argumentos de defesa do Estado serão vitoriosos na análise do mérito.


Frases

José Alencar Vice-presidente da República

"Eu não quero entrar no mérito do caso em si. Agora, tenho preocupação quando há decisão que cerceia a liberdade de imprensa"

"Um dos instrumentos mais importantes para liberdade é a liberdade de imprensa. É isso
que fortalece a democracia"


Fonte: O Estado de São Paulo 
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20091212/not_imp480851,0.php

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Janjão Santana e Raimundo Santana

Luciano Santana nos envia uma foto de seu bisavô e explica



Nesta foto vemos vários fazendeiros reunidos na fazenda do senhor Otávio de Araujo.
Um deles é meu bisavô Janjão Santana, ao lado está seu filho Raimundo Santana meu avô.
Janjâo é o de botas e barba grande,  ao lado direito está meu avô Raimundo.





Pedra de Santana localizada na cabeceira do rio Santana. 

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

RAUL SEIXAS VERSOS AVULSOS



Lei Maria da Penha pode ser extinta pelo Senado Federal


Conquista ameaçada



Com apenas três anos em vigor, a Lei Maria da Penha, que pune a violência contra a mulher, pode ser extinta pelo Senado Federal

Foto: Frederic jean/AG. ISTO É
LUTA Maria da Penha colhe assinaturas para evitar o fim da lei
Nas palestras em que é convidada a participar nos mais distantes rincões do País, a biofarmacêutica cearense Maria da Penha Maia Fernandes costuma contar a história da mulher que a abraçou e, chorando, lhe agradeceu porque, desde que o marido da vizinha foi preso por espancá- la, seu próprio companheiro, temeroso de destino idêntico, nunca mais lhe bateu.
O caso traduz a essência da Lei Maria da Penha: mais do que punir com rigor os agressores, está modificando a cultura brasileira que tolera e considera normal um marido ameaçar, humilhar e até espancar a mulher. No Brasil, onde muitas leis ficam só no papel, esta surpreendeu por sua aplicação rigorosa e imediata.
Entretanto, corre sério risco de ser praticamente extinta. Tudo depende de um projeto de lei em tramitação no Senado. Se aprovado, modifica o Código de Processo Penal, fazendo com que os crimes de violência doméstica e familiar contra a mulher voltem a ser considerados de menor potencial. Na prática isso significa impunidade.
Esses crimes voltariam a ser resolvidos com penalidades pecuniárias, como pagamento de cestas básicas e indenizações. "Estou apavorada com essa reforma", disse Maria da Penha. A preocupação de Maria da Penha, que vive sobre uma cadeira de rodas devido aos tiros que levou de seu ex-marido, um professor universitário que tentou matála por não se conformar com a separação, é a mesma de juízes, defensores públicos e promotores de Justiça que militam na área da violência doméstica.
"A Lei Maria da Penha basicamente é revogada com esse novo Código de Processo Penal", alerta a juíza fluminense Adriana Ramos de Mello, presidente do Fonavid, o fórum que discute a questão da violência familiar. A ministra da Secretaria Especial de Política para as Mulheres (SPM), Nilcéa Freire, também está angustiada. "Esse projeto não pode ser votado da maneira que está porque praticamente acaba com uma lei que a ONU classifica como uma das três melhores existentes no mundo para diminuir a violência contra a mulher", adverte a ministra.
Ninguém é contra a reforma do Código de Processo Penal, que vigora desde 1941. O que aflige é a falta de cuidado da comissão do Senado que redigiu o projeto com a realidade enfrentada pela mulher brasileira. Após a implantação da Lei Maria da Penha, em 2006, as mulheres têm buscado mais os seus direitos.
Dados do Conselho Nacional de Justiça estimam em mais de 150 mil o número de processos instaurados nos Juizados da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher no País, a partir da lei. Desde a sua implantação, mais de 1,8 mil homens foram presos e quase 20 mil mulheres foram beneficiadas com medidas de proteção e segurança. "A minha participação, agora, é coletar assinaturas contra a aprovação dessa reforma", diz Maria da Penha.