Seguidores

sábado, 27 de junho de 2015

Fernando Pimentel é apontado como “chefe da organização” de lavagem de dinheiro

E, segundo a PF, a mulher do governador de Minas recebia dinheiro de empresas ligadas ao BNDES

Sexta-feira, 15 de novembro de 2013. José Dirceu, José Genoino e outros petistas iam presos pelo escândalo do mensalão. O Brasil fervia. Mas uma estrela do PT estava serena. O então ministro Fernando Pimentel, amigo próximo da presidente Dilma Rousseff e hoje governador de Minas Gerais, tirava uns dias de folga do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Às 9h55, Pimentel e sua namorada, Carolina Oliveira, decolavam do hangar de Brasília com destino à Bahia. O jatinho era do empresário Benedito Oliveira Neto, o Bené, amigo de Pimentel e suspeito de lavagem de dinheiro. Enquanto petistas históricos iam presos, Pimentel ia com a namorada para o Kiaroa Resort, na Península de Maraú, ao sul de Salvador. O bangalô master do resort era um luxo. Duas piscinas privativas, enxoval de algodão egípcio e travesseiros de pluma de ganso. No feriadão, o casal comprou boné, tomou cinco caipiroskas com vodca Absolut, comeu dois pratos de camarão à provençal, duas tapiocas, moqueca e mandioca frita. O weekend custou R$ 12.127,50. Bené pagou. A nota fiscal é apenas uma das fartas provas obtidas pela Polícia Federal, no âmbito da Operação Acrônimo, que coloca Pimentel no topo da cadeia de comando de um esquema que envolve contratos públicos, consultorias de fachada – e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES.

O feriado que Pimentel passou na Bahia com a namorada é uma amostra do esquema que a Polícia Federal desbaratou, em outubro do ano passado, depois de uma batida pegar Bené e outros empresários com R$ 113 mil em um avião. Bené é apenas um intermediário. Nas palavras de um investigador, ele tem tudo para ser um “Marcos Valério de estimação”. O centro da Operação Acrônimo é Fernando Pimentel e o principal foco é o BNDES. A PF descobriu que Carolina Oliveira mantinha uma empresa com apenas um funcionário e, mesmo assim, fez fortuna. Em comum, todos os clientes de Carolina Oliveira têm negócios diretos ou indiretos com o BNDES, banco subordinado ao Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, que seu marido, Pimentel, chefiava. Segundo a PF, o casal pode ser enquadrado em três crimes: corrupção passiva, participação em organização criminosa e lavagem de capitais.

“O atual governador Fernando Pimentel, enquanto ocupou o cargo de ministro e em razão daquela condição, recebeu vantagem financeira indevida, no valor de R$ 299.882,05, da Diálogo Ideias e Pepper Interativa, esta última pessoa jurídica que foi contratada e recebeu valores do BNDES, por meio de contratação simulada da empresa de titularidade da companheira de Fernando Pimentel”, diz um trecho do relatório da PF. A Pepper recebeu cerca de R$ 500 mil do BNDES entre 2013 e 2014. E deu para Carolina R$ 236.882,05 no mesmo período. A PF levantou a suspeita de que, na verdade, a mulher de Pimentel pode ser sócia oculta da Pepper, “condição esta que deveria ser escamoteada em razão do recebimento de valores pela Pepper do BNDES”.

No apartamento que o casal mantinha em Brasília, a PF descobriu uma tabela que trazia o nome de Carolina e seu número de celular – o que significava que a planilha havia sido escrita por uma terceira pessoa. O título era “Planilha de Acompanhamento dos Pagamentos”. O frigorífico Marfrig aparece com valores de R$ 595 mil, referentes a novembro de 2011 a abril de 2012. O grupo Casino, que controla a rede Pão de Açúcar, é marcado com R$ 362.868,20, entre abril e julho de 2012, como ÉPOCA revelou na quinta-feira. Ambos tiveram negociações com o BNDES. “É razoável inferir-se que pode ter havido simulação de contratação da Oli Comunicação (empresa de Carolina) e pelo grupo Casino e pelo Marfrig, a fim de repassar valores, que, em última análise, poderiam ter como destinatário o então ministro”, escreveu a PF em seu relatório.

Da revista Época
http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2015/06/fernando-pimentel-e-apontado-como-chefe-da-organizacao-de-lavagem-de-dinheiro.html

sexta-feira, 19 de junho de 2015

SEU FILHO USA DROGRAS? Sete indícios que ajudam a descobrir se seu filho está usando drogas


Novos amigos
Os especialistas em recuperação de usuários de drogas Alessandro Alves e Daniel Camaforte apontam que mudanças nas relações de amizade podem ser indicativos. Amigos não usuários desaparecem, e outras pessoas entram na rotina.
Montagem sobre foto de Fábio Seixo Foto: Fabio Seixo/05-10-2005
Mudança de humor
O consumo de drogas costuma deixar o usuário irritado, agressivo e menos cooperativo. O humor varia da intensa euforia até o choro e a depressão.Arte sobre imagem Foto: Editoria de Arte


Tabaco
Quem fuma maconha costuma usar o cigarro para disfarçar o cheiro da maconha, apontam Alessandro Alves e Daniel Camaforte, especialistas no Alves e Daniel Camaforte, especialistas no combate às drogas.
Quem fuma maconha costuma usar o cigarro para disfarçar o cheiro da maconha. Foto: Guilherme Leporace / Agência O Globo


Vocabulário
Por influência das novas amizades, o vocabulário começa a mudar. Em geral, a pessoa passa a adotar gírias e termos mais pesados.
Por influência das novas amizades, o vocabulário começa a mudar. Em geral, a pessoa passa a adotar gírias e termos mais pesados. Foto: Marcos Alves / Agência O Globo

Dinheiro

Consumir drogas custa caro. E o primeiro recurso que o viciado encontra é buscar o dinheiro em casa. Começa pedindo e termina furtando objetos para vender ou trocar por entorpecentes.
Consumir drogas custa caro. E o primeiro recurso que o viciado encontra é buscar o dinheiro em casa. Começa pedindo e termina furtando objetos para vender ou trocar por entorpecentes. Foto: Divulgação

Apetrechos 
Objetos usados para o consumo de drogas, como canudos, espelhos pequenos e fósforos costumam aparecer em casa.      
Aparece em casa com objetos usados para o consumo de drogas, como canudos, espelhos pequenos e fósforos. Foto: Guilherme leporace / Agência O Globo
Mudança de interesses
Práticas não relacionadas ao uso de drogas, como esportes e dança, são gradativamente abandonadas. Os interesses mudam, e surge uma desmotivação para estudar e fazer outras atividades comuns, valorizadas anteriormente.Os interesses mudam, e surge uma desmotivação para estudar e fazer outras atividades comuns, valorizadas anteriormente. Foto: Fernando Lemos / Agência O Globo

D'O Globo
http://oglobo.globo.com/rio/bairros/sete-indicios-que-ajudam-descobrir-se-seu-filho-esta-usando-drogas-16473812

PF quer investigar Fernando Pimentel, governador de Minas, por suspeita de desvios em campanhas


A Polícia Federal solicitou ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) abertura de inquérito sobre o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), por suposto crime de "lavagem ou ocultação de bens, direitos ou valores". A investigação faz parte dos desdobramentos da Operação Acrônimo, que apura suspeitas de desvio de recursos públicos para campanhas eleitorais.


O caso está sob sigilo no STJ. No fim do mês passado, o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, foi preso por conta de suspeitas de desvio de recursos públicos para candidatos.

A PF tratou o caso com extrema reserva para evitar dificuldade no cumprimento de alguns dos pedidos enviados para análise do STJ, como diligências e depoimentos. A Folha apurou que, na primeira fase da operação, a PF não encontrou indícios de uma suposta ligação do governador com o caso, o que ocorreu apenas a partir da análise do material apreendido.

Ex-ministro de Desenvolvimento Econômico do governo Dilma, entre 2011 e 2014, Pimentel foi coordenador da campanha de Dilma Roussef à Presidência em 2010.

A primeira-dama de Minas Gerais, Carolina Oliveira, também é investigada na operação. A PF e o MPF indicam que ela teria uma empresa fantasma, que teria sido usada por um grupo criminoso que atuaria em campanhas políticas do PT. A defesa de Carolina nega.

O caso está nas mãos do ministro Herman Benjamin e foi enviado na noite desta quinta-feira (18) ao tribunal. Agora, o ministro deve pedir para o Ministério Público Federal se manifestar sobre as suspeitas contra o governador. O STJ é o tribunal responsável pela análise de ações envolvendo chefes dos Executivos estaduais.

Procurada pela Folha, a assessoria do governador ainda não se manifestou sobre o pedido de investigação.

CAIXA DOIS

A PF também investiga se Bené teria atuado no caixa dois de campanhas em Minas Gerais.

Os investigadores suspeitam que o dinheiro os R$ 113 mil apreendidos em uma ação em outubro passado no avião de Bené, que saíra de Belo Horizonte e pousara em Brasília, seria usado em campanhas.

Em 2010, na campanha que resultou na primeira eleição da presidente Dilma Roussef (PT), Bené alugou uma casa em Brasília que era usada pelos petistas.

Bené atua nos ramos de gráfica, publicidade e organização de eventos e manteve contratos com pelo menos dez ministérios. De acordo com a PF, o empresário preso recebeu ao menos R$ 525 milhões em contratos com o governo federal desde 2005.

Naquele ano, ele recebera apenas R$ 400 mil, mas viu seu faturamento explodir ao longo dos anos seguintes. Os maiores contratos de Bené são com o Ministério da Saúde (R$ 105 milhões), das Cidades (R$ 56 milhões) e do Desenvolvimento Social (R$ 21 milhões).
http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/06/1645034-stj-recebe-pedido-para-investigar-o-governador-de-mg-fernando-pimentel.shtml