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segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Asma pode matar em minutos

SAIBA MAIS SOBRE A ASMA
O que é
Doença inflamatória pulmonar que causa estreitamento das pequenas vias aéreas e impede a passagem de ar

Morte
No caso de crise grave, pode levar à morte em minutos, se o socorro não for rápido

Sintomas
Falta de ar em repouso, cansaço para esforço, aperto, peso e chiado no peito, tosse e produção de secreção

Gatilhos
Todos os fatores que irritam os brônquios podem desencadear a asma, como fumo, poluição e tempo seco e frio

Cuidados
Para o paciente com a doença, é importante mudar o estilo de vida, com atividade física regular (natação e caminhada, por exemplo) e alimentação saudável, além de evitar a obesidade e o fumo

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O que é 
Doença é crônica e não tem cura, mas pode ser controlada com uso de remédios e estilo de vida saudável
A asma, doença que neste domingo (25) levou à morte a escritora, roteirista, apresentadora e atriz Fernanda Young, 49, não escolhe idade ou sexo. É um problema grave e crônico que precisa ser controlado. Em caso de crise grave, pode levar à morte em minutos. 

“Ela é perigosa e varia muito entre as pessoas. Um idoso pode ter asma, mas ficar a vida inteira sem sintomas e, de repente, apresentar uma crise grave”, afirma o clínico geral Roberto Debski.

Segundo Carlos Jardim, pneumonologista do Incor, qualquer queixa de falta de ar deve ser investigada pelo médico. Outros sintomas não devem ser desconsiderados, como cansaço após esforço, aperto, peso e chiado no peito, tosse e produção de secreção.

“A doença exige um diagnóstico correto para que seja prescrito o melhor tratamento. Por isso, é importante que o paciente diga ao médico o que sente e qual o período os incômodos se acentuam. Geralmente, há uma piora durante a madrugada e ao acordar”, diz o médico. 

“A asma não tem cura, mas é controlável. É importante esclarecer que existe preconceito em relação à bombinha e a certos medicamentos, mas eles não viciam e nem fazem mal ao coração.” Geralmente, a asma começa na infância, mas isso não é regra. O problema pode ser hereditário.

As estações mais críticas para quem convive com o problema são a primavera, o outono e principalmente o inverno. São épocas em que há maior circulação de alérgenos, ou seja, substâncias de alimentos, plantas ou animais de estimação que provocam uma reação do sistema imunológico e causam inflamação.


Entram na lista exposição ao ar frio, poluição ambiental e fezes de barata. Eles são alguns dos gatilhos que também podem contribuir para o aparecimento da crise.
Para prevenir a asma ou conviver com ela sem passar por intercorrências graves, é necessário mudar o estilo de vida e adotar uma alimentação saudável.

De preferência, tire do cardápio os alimentos que podem causar alergias, como leite, amendoim e frutos do mar, porque a crise asmática também pode vir de uma simples reação alérgica.

Esqueça o cigarro e evite a obesidade. Atividade física regular e sob orientação médica é fundamental. Os esportes mais indicados são os aeróbicos, como natação e caminhada, se a pessoa não estiver em crise.

“Somente o médico pode indicar o exercício adequado, porque depende em grande parte das condições do paciente e do quadro da asma”, diz Debski.

Em caso de crise asmática, o socorro deve ser imediato. “Quem tem asma reconhece os motivos, mas a crise pode surgir por um fator novo e desconhecido. Dê o medicamento, se a pessoa já faz uso, e leve-a a um pronto atendimento imediatamente”, orienta Jardim.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, a asma é um problema mundial de saúde e acomete cerca de 300 milhões de pessoas. Estima-se que no Brasil existam aproximadamente 20 milhões de asmáticos.

Segundo o Datasus, o banco de dados do Sistema Único de Saúde, ligado ao Ministério da Saúde, ocorrem no Brasil em média 350 mil internações anualmente. A asma está entre as quatro principais causas de hospitalizações pelo SUS (2,3% do total).

Reportagem de Patrícia Pasquini na Folha de São Paulo de 26/08/2019 https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/08/asma-pode-matar-em-minutos-dizem-especialistas.shtml