Texto de R J CARDOSO
Este poema é dedicado ao amigo Geraldo Ângelo, um manifesto ao nosso reencontro, depois de tantos anos distantes.
No alto da Bocaina, em direção à Ponte Coberta,
Na estrada mal conservada, descalço quando menino eu andava
Em suas curvas tranqüilas um boiadeiro gritava “hei boi, hei boi”.
Lá longe, muito longe, com suavidade um berrante tocava.
E no calmo sossego meu pássaros cantavam a melodia certa
O gado ruminava, o cavalo relinchava quebrando a monotonia
De nossa alma e na baixada “mariazinha” exalava perfume purificador. Distante um homem devagar vinha - e eu gritava: é meu pai! - trazendo embrulhos que nos deixavam atordoados, mas seu conteúdo nos sustentava por mais um dia
No sol quente daquela estrada deserta uma sombra eu buscava
Bebia a água da fonte, depois sobre uma pedra eu sentava
Na paisagem as palavras se perdiam, entre a esperança e a alegria. Era só, somente só, o que eu sentia: vontade de me tornar vencedor um dia.
Na curva a poeira levantava, era Físico Ângelo em seu carro sorridente como ninguém, que com alegria no rosto punha a cabeça para fora e me saudava. Depois acelerava e partia; lá de baixo eu o via subindo o morro a menos de cem? Assustando o vaqueiro que na estrada caminhava para o bem
Passados são agora tão bem revividos. Naqueles tempos idos as enchentes que encheram os rios abarrotaram-nos de emoção e lembranças tranqüilas; de tudo ficou um pouco e faz-nos voltar agora aos sonhos adormecidos. Vai saudade e diz a todos que há em nós amor avivando corações sofridos
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Olá, amigos! Gostraia muito de rever a fazenda de FRANCISCO COELHO, o pai de Paulo, Hermes, Dazinha e Luiz Antonio, foi que vivi meus primeiros dias. Se alguem tiver fotos envie-me para o E-mail raijoaocar@hotail.com e se quiser saber mais sobre mim acesse: http://www.rjcardoso.recantodasletras.com.br
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