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terça-feira, 30 de junho de 2009
Testemunho do passado
domingo, 28 de junho de 2009
Bolsa Ditadura
O assalto à bolsa da Viúva conseguiu o que 21 anos de perseguições não conseguiram, avacalhou a velha esquerda
SE ALGUÉM QUISESSE produzir um veneno capaz de desmoralizar a esquerda sexagenária brasileira dificilmente chegaria a algo parecido com o Bolsa Ditadura.
Aquilo que em 2002 foi uma iniciativa destinada a reparar danos impostos durante 21 anos a cidadãos brasileiros transformou-se numa catedral de voracidade, privilégios e malandragens. O Bolsa Ditadura já custou R$ 2,5 bilhões à contabilidade da Viúva. Estima-se que essa conta chegue a R$ 4 bilhões no ano que vem. Em 1952, o governo alemão pagou o equivalente a R$ 11 bilhões (US$ 5,8 bilhões) ao Estado de Israel pelos crimes cometidos contra os judeus durante o nazismo.
O Bolsa Ditadura gerou uma indústria voraz de atravessadores e advogados que embolsam até 30% do que conseguem para seus clientes. No braço financeiro do pensionato há bancos comprando créditos de anistiados. O repórter Felipe Recondo revelou que Elmo Sampaio, dono da Elmo Consultoria, morderá 10% da indenização que será paga a camponeses sexagenários, arruinados, presos e torturados pela tropa do Exército durante a repressão à Guerrilha do Araguaia. Como diria Lula, são 44 "pessoas comuns" que receberão pensões de R$ 930 mensais e compensações de até R$ 142 mil. Essa turma do andar de baixo conseguiu o benefício muitos anos depois da concessão de indenizações e pensões aos militantes do PC do B envolvidos com a guerrilha.
O doutor Elmo remunera-se intermediando candidatos e advogados. Seu plantel de requerentes passa de 200. Ele integrou a Comissão da Anistia e dela obteve uma pensão de R$ 8.000 mensais, mais uma indenização superior a R$ 1 milhão, por conta de um emprego perdido na Petrobras. No primeiro grupo de milionários das reparações esteve outro petroleiro, que em 2004 chefiava o gabinete do advogado Luiz Eduardo Greenhalgh na Câmara. O Bolsa Ditadura já habilitou mais de 160 milionários.
É possível que o ataque ao erário brasileiro venha a custar mais caro que todos os programas de reparações de todos os povos europeus vitimados pelo comunismo em ditaduras que duraram quase meio século. Na Alemanha, por exemplo, um projeto de 2007 dava algo como R$ 700 mensais a quem passou mais de seis meses na cadeia e tinha renda baixa (repetindo, renda baixa). Na República Tcheca, o benefício dos ex-presos não pode passar de R$ 350 mensais.
No Chile, o governo pagou indenizações de 3 milhões de pesos (R$ 11 mil) e concedeu pensões equivalentes a R$ 500 mensais. Durante 13 anos, entre 1994 e 2007, esse programa custou US$ 1,4 bilhão. No Brasil, em oito anos, o Bolsa Ditadura custará o dobro. O regime de Pinochet matou 2.279 pessoas e violou os direitos humanos de 35 mil. Somando-se os brasileiros cassados, demitidos do serviço público, indiciados ou denunciados à Justiça chega-se a um total de 20 mil pessoas. Já foram concedidas 12 mil Bolsas Ditadura e há uma fila de 7.000 requerentes.
Os camponeses do Araguaia esperaram 35 anos pela compensação. Como Lula não é "uma pessoa comum", ficou preso 31 dias em 1979 e começou a receber sua Bolsa Ditadura oito anos depois. Desde 2003, o companheiro tem salário (R$ 11.239,24), casa, comida, avião e roupa lavada à custa da Viúva. Mesmo assim embolsa mensalmente cerca de R$ 5.000 da Bolsa Ditadura. (Se tivesse deixado o dinheiro no banco, rendendo a Bolsa Copom, seu saldo estaria em torno de R$ 1 milhão.)
O cidadão que em 1968 perdeu a parte inferior da perna num atentado a bomba ao Consulado Americano recebe pelo INSS (por invalidez), R$ 571 mensais. Um terrorista que participou da operação ganhou uma Bolsa Ditadura de R$ 1.627. Um militante do PC do B que sobreviveu à guerrilha e jamais foi preso, conseguiu uma pensão de R$ 2.532. Um jovem camponês que passou três meses encarcerado, teve o pai assassinado pelo Exército e deixou a região com pouco mais que a roupa do corpo, receberá uma pensão de R$ 930.
Nesses, e em muitos outros casos, Millôr Fernandes tem razão: "Quer dizer que aquilo não era ideologia, era investimento?"
Texto de Élio Gaspari na Folha de São Paulo de 28/06/09
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Imensidão
quarta-feira, 24 de junho de 2009
ATENÇAO SERICITENSES: Joel Seno,Rogério Loca e Zaqueu Malafaia
de Abre Campo é recapturado
11-Jun-2009 - 00h21 | |
Um dos foragidos da cadeia pública de Abre Campo foi recapturado por Policias Civis e Militares, na manhã dessa quarta-feira, segundo informou a Delegacia de Polícia Civil de Abre Campo. Ainda não foi divulgado detalhes da captura de João Rogério Faustino (natural de Sericita, preso provisório por porte de arma). A fuga |
terça-feira, 23 de junho de 2009
Raimundo Olaia
Por favor me mandem depoimentos para que eu possa transcrever, ou se preferirem escrevam para o e-mail:
sexta-feira, 19 de junho de 2009
A vaca foi pro açougue e o consumidor foi pro brejo dos preços altos
Preço do leite tem a maior alta dos últimos 13 anos
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Depoimento de José Artur
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Tenho muita Saudade de Sericita, epoca que nem luz eletrica existia.Pegava o leite na fazenda do Zé Sampaio ( Hoje do Tone Sampaio) Armavamos Arapuca e laço no brejo para pegar Saracura.E os banhos no Rio? Isso sem esquecer que eu e meu irmão Dim tivemos que voltar para casa pelados porque meu papai pegou a roupa de surpresa e nos obrigou a voltar pelados.Muita Pescaria nos rios, muitos passeios nas roças, muitas brincadeiras na rua....Uma historia real: meu pai negociava com porcos, um dia um porquinho sujou a roupa que estava quarando no quintal da Costança (Irmã do Benedido Baião). Ela jogou uma pedra acabou matando o Porco, Preocupada sem saber como agir até que seu esposo cujo nome não me lembro falou com meu papai que tinha fama de valente, ele então, meu pai prontamente perguntou? E ai ela sangrou o porco?Sim respondeu, então vamos assar e comer.Não tenho que sentir saudades abraço a todos.
Texto de José Artur, filho de Tião Quitote e Judite Arantes, neto de joão Arantes e Olindina.
Zé Artur Rio de janeiro.
BOCAINA
Este poema é dedicado ao amigo Geraldo Ângelo, um manifesto ao nosso reencontro, depois de tantos anos distantes.
No alto da Bocaina, em direção à Ponte Coberta,
Na estrada mal conservada, descalço quando menino eu andava
Em suas curvas tranqüilas um boiadeiro gritava “hei boi, hei boi”.
Lá longe, muito longe, com suavidade um berrante tocava.
E no calmo sossego meu pássaros cantavam a melodia certa
O gado ruminava, o cavalo relinchava quebrando a monotonia
De nossa alma e na baixada “mariazinha” exalava perfume purificador. Distante um homem devagar vinha - e eu gritava: é meu pai! - trazendo embrulhos que nos deixavam atordoados, mas seu conteúdo nos sustentava por mais um dia
No sol quente daquela estrada deserta uma sombra eu buscava
Bebia a água da fonte, depois sobre uma pedra eu sentava
Na paisagem as palavras se perdiam, entre a esperança e a alegria. Era só, somente só, o que eu sentia: vontade de me tornar vencedor um dia.
Na curva a poeira levantava, era Físico Ângelo em seu carro sorridente como ninguém, que com alegria no rosto punha a cabeça para fora e me saudava. Depois acelerava e partia; lá de baixo eu o via subindo o morro a menos de cem? Assustando o vaqueiro que na estrada caminhava para o bem
Passados são agora tão bem revividos. Naqueles tempos idos as enchentes que encheram os rios abarrotaram-nos de emoção e lembranças tranqüilas; de tudo ficou um pouco e faz-nos voltar agora aos sonhos adormecidos. Vai saudade e diz a todos que há em nós amor avivando corações sofridos
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Olá, amigos! Gostraia muito de rever a fazenda de FRANCISCO COELHO, o pai de Paulo, Hermes, Dazinha e Luiz Antonio, foi que vivi meus primeiros dias. Se alguem tiver fotos envie-me para o E-mail raijoaocar@hotail.com e se quiser saber mais sobre mim acesse: http://www.rjcardoso.recantodasletras.com.br
sábado, 13 de junho de 2009
Recessão no Brasil
China e Índia estão em melhor posição que o Brasil.
Ministro da Fazenda acredita que o pior já passou.
Na semana em que os números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o Produto Interno Bruto (PIB) confirmaram o registro de recessão técnica no Brasil, especialistas ouvidos pelo Jornal Nacional avaliam se a situação do Brasil é melhor ou pior do que a de outros países emergentes, como Índia, China e Rússia.
Para o governo, a sensação foi de alívio quando o IBGE anunciou a queda de 1,8% do PIB - soma de bens e serviços produzidos no país - nos primeiros três meses deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. Especialistas e a própria equipe econômica do governo esperavam uma queda maior.
Mas alguns analistas discordam do otimismo do presidente. Levando-se em conta o PIB das maiores economias entre os países emergentes - o chamado BRIC, grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia e China -, os números mostram que dois destes países estão atravessando a crise melhor do que o Brasil. Na China, o ritmo de crescimento diminuiu, mas permanece positivo em 6,1%. Na Índia, o PIB permanece positivo em 5,8%. Nesses dois países, ao contrário do Brasil, não há
recessão.
Na Rússia, o PIB sofreu uma queda de 9,5%. Neste caso, o país sofreu com a queda do preço do petróleo, um dos seus principais produtos.
Para o economista José Roberto Mendonça de Barros, a China e a Índia estão em melhor posição que o Brasil para enfrentar a crise porque tiveram um crescimento muito grande no ano passado. ”Temos China e Índia que são dois casos muito importantes do lado positivo. A produção (nesses países) vai cair muito pouco e, ao contrário, eles vão crescer este ano e crescer bastante ano que vem”, avalia Barros.
O presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Márcio Pochmann, acredita que não há como comparar o Brasil com os países asiáticos: “São economias bastante diferenciadas. As duas economias asiáticas tiveram uma redução no nível de atividade. Elas estavam crescendo muito mais rapidamente que o Brasil, e têm uma composição do seu produto distinta da nossa”.
Para o economista Carlos Eduardo de Freitas, o Brasil não será um dos primeiros a sair da crise porque depende da recuperação da economia mundial. “O governo conta que há uma recuperação da economia brasileira. É verdade, há os indícios, há os sinais, há os sintomas, a economia está se recuperando. O que ele não conta é a segunda parte da história, é que essa recuperação pode encontrar um teto que é a nossa dependência da economia internacional. Pode encontrar, mas pode também não encontrar. Pode ser que a economia internacional se recupere junto conosco”, analisa Freitas.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, acredita que o pior já passou e diz que novas medidas do governo vão ajudar o país a sair rapidamente da crise. “Nós já estamos em um processo de recuperação em relação à crise que houve nos dois trimestres que já passaram. (...) Nós vamos tomar medidas para baratear os investimentos no país de modo que eles vão retomar o mais breve possível”, afirma Mantega.
Do G1, com informações do Jornal Nacional
http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL1192986-9356,00-
terça-feira, 9 de junho de 2009
Raimundo João Cardoso nosso novo colaborador
Nem bem vindo R J Cardoso
Sou Raimundo João Cardoso, (R J Cardoso), Poeta e escritor. Publiquei nas décadas de 70, 80 e 90 artigos e crônicas em diversos jornais cariocas como Última Hora, O dia e O Globo. Escrevi Mensageiros de Gandhi, O Filósofo Jesuíta, Na Cauda do Cometa e Memórias Nordestinas. Cenário das Artes, Amor para Sempre, Castelo dos Sonhos e “CASA DE FAMÍLIA”. Participei das antologias publicadas pela Editora Litteris: Amor e Paixão – o erotismo na Literatura, Contos e Poemas do Brasil, Amor, Razão de Viver e Dicionário Bibliográfico dos Escritores Brasileiros do Ano 2000.
Segundo filho de família desprovida economicamente. Fui criado com todo o desconforto e insegurança que oferece tal condição. Fui sempre um menino muito estimado. Meus pais eram mineiros e ensinavam-nos para que seguíssemos caminhos abertos por nós mesmos, esperando que todos encontrassem, mais tarde, a felicidade.
Nasci pequeno, com dois quilos e meio, no exato momento em que minha mãe, Josefa Judithe Fagundes, deixava a lavoura de arroz no fim do dia rumo à nossa casa. Em meio a um temporal, não mais que de repente, ela me viu sustentado apenas pelo cordão umbilical e quase levado pela enxurrada; o que teria acontecido não fossem tuas santas mãos.
Meu pai, Saturnino Fagundes, o traço hereditário mais evidente que dele herdei foi à arte musical: era um bom violinista.
Meu avô paterno falecera de enfarto do miocárdio. Trago dele a vaga lembrança de um senhor de idade elevada, vestindo terno preto e naturalmente de cabelos grisalhos. Era meu avô muito prestativo com todos nós, essa uma postura comum à família de meu pai. Todos eram corteses, magnânimos, desvelados, mas longe, sem nos dispensar muito estimulo, afeição e carinho de que todas as crianças gostam e necessitam para uma vida feliz. Meus avós maternos eu não conheci, nem mesmo através de fotografia.
Meu pai, de baixa estatura e cabelos encaracolados, era muitíssimo bom, mas muito tímido. Sempre gostei do contato de sua mão na minha. Sentia-se vitorioso no trabalho quando um galho de seu pé de café amanhecia florido. Sua parca economia só permitia que ficássemos naquele ermo, distante de tudo, na periferia de um povoado de nome SERICITA, no estado das Minas Gerais, onde passei a maior parte de minha infância, nas proximidades de ABRE CAMPO, onde nasci, numa fazenda de propriedade dos Coelhos. Fazendeiros conhecidíssimos e respeitados na região pela dignidade com que tratavam seus trabalhadores. Lembro-me, como se fosse hoje, das visitas às outras fazendas, onde me deparava e ficava estarrecido com trabalhadores sovando o feijão ou o arroz nos terreiros. Busco e posso rever no fundo da memória todos de calças listradas e botas de canos longos caminhando sobre os cereais.
Meu pai era para mim o homem mais perfeito, meu herói.
Minha mãe era de baixa estatura, mede cerca de um metro e cinqüenta, é magérrima e assim permanece até hoje.
Como na infância eu e meus irmãos ficávamos diretamente sob sua tutela, nós a víamos como uma mulher maravilhosa, o que na verdade era. Passavam-nos despercebidas suas duras palavras. Minha admiração por ela era tão grande, que compensava, me levou a querer ser fazendeiro dono de grandes rebanhos de corte e leiteiro. Tanto que quando alguém me perguntava o que eu queria ser quando eu crescesse, sem titubear, respondia:
“Fazendeiro”!
Instante após ela acrescentava com certa desconsideração: “Mas fazendeiro, meu filho”, logo eu percebia que o significado de ser fazendeiro não era muito bom para ela; ai me elevava a aspiração e eu respondia:
“Quero é estudar para ser doutor”
Meus irmãos eram ótimos comigo e vivíamos todos numa perfeita harmonia. Meu irmão Adão era muito bom para comigo, mostrava-me muitas coisas e cuidava de mim como se cuida de uma jóia: dispensando-me muito carinho.Encontrávamo-nos, todos, no começo da vida, quando tudo era mil maravilhas, compreender e aprender o novo. Não entráramos ainda no caminho torto dos homens. “Não havíamos entregado a vida ao espancamento mental, que gera reação de igual intensidade” para viver dignamente.
Num cantinho da sala de minha casa, onde hoje improvisei meu escritório, está o computador no qual escrevo estas poucas palavras, lá, bem no fundo do meu inconsciente, coloquei um quadro contento fotografias, que se encontram amareladas pelo tempo, de meus pais, Adão, eu, Expedito, José, Geraldo e Eva, respectivamente, quando tínhamos dez, oito, sete, cinco, quatro e três anos. Éramos seis criaturas lindíssimas e saudáveis. Mentalizo a velha fotografia e me emociono. O que nos reservou a vida! Quantas lutas para não sofrer e quantas palavras em vão proferidas! Por conta disso, quando olho um menino, imagino quantos obstáculos ele terá que transpor para sobreviver com dignidade... São rápidos momentos de fragilidade, devido aos transtornos que na vida passei.
Como se percebe, foi difícil essa infância. Eu chegava avidamente a adolescência, como a própria palavra define, é uma travessia de muito sofrimento. Classifico-a como um período de tortura e que se eu tivesse de voltar às descobertas e as revoltas não gostaria jamais.
Com quinze anos, sem ainda nada ter estudado, apaixonado pelos livros aprendi a ler e escrever. Por conta disso, fui convidado para trabalhar no armazém de secos e molhados do meu amigo JOÃO MARIANO DE QUEIRÓS em Sericita - antes, porém, fui peão de boiadeiro, passando por Contagem, Caiaca, Ponte Nova, Rio Casca, Abre Campo e, finalmente, Sericita. Eu deixava a vida de lavrador para na cidade viver. Confesso que senti saudade do aconchego de minha família que, apesar de desprovida financeiramente, era abastada de amor e carinho.
No meu segundo dia de trabalho pensei em estudar, mas o trabalho no armazém ficaria prejudicado, uma vez que suas portas se fechavam às 21 horas e meu contrato, apesar de verbal, dizia que eu trabalharia desde a hora de sua abertura até este horário.
Depois de três anos, eu disse ao JOÃO que ia morar no Rio de Janeiro e ele não se contrapôs. No mês seguinte, pagou-me tudo que devia, me indenizou pelo tempo de serviço e para a Cidade Maravilhosa eu parti sem conhecer uma viva ‘lma. Morei na Estrada do Cambota - em Guadalupe - num pobre barraco no morro, juntamente com alguns desconhecidos, período em que fui operário da construção civil em Engenho da Rainha. Tempos mais tarde fui morar no bairro de Mesquita, ate então município de nova Iguaçu. Lá conheci uma família procedente de minha terra cujo filho mais novo, Antônio Cordeiro, me levou para trabalhar no Moinho Fluminense, hoje com outra denominação social, onde permaneci por mais de um ano.
Em 1972 ingressei no Instituto de Resseguros do Brasil - hoje também com outra denominação - como empregado de uma prestadora de serviços cujo nome não posso precisar, antes, porém, passei pelo Hotel Copacabana Pálaces, Nero Figueiredo, Fábrica de Estopas São Luiz Durão, Moinho da Luz, etc. Em primeiro de agosto de 1975, ingressei no quadro do IRB, em 1986, fui eleito para a diretoria de Comunicações do Sindicato dos Securitários do Rio de Janeiro, mandato que cumpri com dignidade e presteza que a categoria merece, até 1989. Depois retornei ao IRB e ajudei na fundação do Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Resseguros (SINTRes). E na instituição IRB - fundada pelo Doutor JOÃO CARLOS VITAL, no governo de Getúlio Vargas, em 1939, - permaneci até outubro de 1995, quando fui demitido junto com outros companheiros por um famigerado Plano de Demissão Volutária, chamado PAV.