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domingo, 9 de dezembro de 2012

As flores, os amores incontestes de Sericita

Quando abro este “Jornal” me sinto com se em Sericita estivesse e meu coração padece de tanta saudade. Camninho pelas ruas pacatas e tranqüilas, entro e saio dos bares ou vendas, vou à praça e no banco de concreto me sento; vejo o verde das árvores colorindo meu pensamento.
Ah, na igreja de Santa Rita vejo a multidão entrar e sair, pessoas taciturnas, outras felizes da vida trazendo na face máscaras campestres, aluvião colada nos sapatos, cheiro da relva, fragrância por mim preferida, o rio Santana sob a ponte descendo rumo ao norte, agonizante e perto da morte. E ainda velhos sendo trucidados como se nenhuma importância tivessem, famílias inteiras morrendo por conta da pressa. Ô Deus, dê-me mais informação de Sericita, pois tudo ali me interessa.
A beleza das flores, os amores incontestes, a música mais linda cantada nas serestas, a vida como ela é, os dias de festa, o coreto na praça, a criança cheia de graça brincando, correndo pra lá e pra cá. E se a chuva fina cair avise-me saio de casa e vou nela dançar.
A bonança estampada nas aves de rapina, o campo de futebol gramado, o cemitério bem cuidado... Periferia sem asfalto e sem calçada, casas bem protegidas, pois Sericita é o lugar onde se pode viver e sonhar.

De R J Cardoso em Jornal de Sericita

Texto originalmente publicado em 01/05/2010

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