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domingo, 23 de janeiro de 2011

Aviões de caça: a história de um negócio perdido


O Rafale francês, que era o favorito do governo brasileiro para equipar a FAB, foi colocado agora no último lugar da fila. Sarkozy sabe a razão
Dilma Rousseff anunciou que o Brasil não comprará neste ano os caças, tirando as últimas esperanças dos franceses. A França chegou a estar com a mão na taça — ou mais precisamente em uma encomenda de 36 bilhões de dólares.
No ano passado estava tudo certo para a assinatura da compra dos 36 caças franceses Rafale, mas entrou areia iraniana no negócio. O líder francês Nicolas Sarkozy incentivou a diplomacia brasileira a prosseguir em sua tentativa de negociação de um acordo sobre o programa nuclear do Irã.
Na hora da verdade, Sarkozy renegou publicamente seu apoio à iniciativa brasileira e a França ainda votou a favor de sanções ao Irã na ONU, deixando o Brasil com a brocha na mão.
O governo brasileiro se sentiu traído e, em retaliação, mandou rever todo o processo de compra dos aviões, colocando o modelo francês no fim da fila.
Por Lauro Jardim da Revista Veja

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