Às vezes, nem isso. Na segunda-feira, o Tribunal de Justiça de São Paulo mandou soltar o bibliotecário Marcos Alexandre Martins, de 34 anos, que estava preso na Penitenciária II em Tremembé, depois que atropelou e matou mãe e filha na calçada do Shopping Villa-Lobos, na Marginal do Pinheiros.
Na hora do acidente, o veículo marcava 100 km/h num local em que a velocidade máxima é de 70 km/h. Um bombeiro que atendeu a ocorrência disse que ele aparentava sinais de embriaguez e cheirava a bebida alcoólica. Os médicos do Hospital São Luiz, para onde o motorista assassino foi levado, também informaram que ele aparentava estar embrigado.
Para o juiz Emanuel Brandão Filho, "os elementos da investigação policial não são suficientes para mantê-lo preso". O que será que faltou? Desta forma, Martins nem teve que pagar fiança.
A única "pena" aplicada pelo juiz foi tirar sua carteira de motorista, proibí-lo de frequentar bares com bebidas alcoólicas e pedir que ele se apresente em juízo a cada três meses. Ou seja, matar duas pessoas na calçada saiu quase de graça.
Para o jovem Felipe de Lorena Infanti Arenzon, de 19 anos, que bateu com seu Chevrolet Camaro em seis carros e deixou quatro feridos _ um deles em estado grave, com 90% do corpo queimado _ a liberdade custou apenas R$ 245 mil, valor da fiança fixada pelo juiz Rodrigo de Azevedo Costa, que aceitou o pedido de liberdade provisória feito pelo advogado João César Cáceres.
Preso em flagrante, ele estava na carceragem do 72º DP, na zona norte, desde a sexta-feira, e também foi solto na segunda. Arenzon tinha saído de uma boate e, segundo os policiais que atenderam a o ocorrência, estava embrigado. Depois, tentou fugir a pé.
Como todos os outros jovens presos nas mesmas condições e pelos mesmos motivos nas últimas semanas, ele poderá responder em liberdade aos crimes de tentativa de homicídio doloso, embriaguez ao volante e fuga do local do acidente sem socorrer as vítimas.
Até quando esta rotina se repetirá? Por onde andarão as "blitz" da Lei Seca que tanto sucesso fizeram na imprensa nos primeiros dias? Quando começará para valer uma campanha para colocar na cadeia estes motoristas assassinos soltos por aí com seus carrões abastecidos nas baladas?
Na cidade em que a Lei do Fumo pegou, a bebida e a irresponsabilidade correm soltas sem que nenhum médico se disponha a aparecer na televisão para mostrar os riscos para toda a sociedade, com o aumento do número de acidentes e de mortes violentas provocadas pelo álcool. O motivo pode estar no fato de que a propaganda de cigarros foi proibida, e a de bebidas, não.
Seja como for, a Justiça não contribui para diminuir o número de mortes ao mostrar que os crimes praticados no trânsito continuam impunes. Ou o caro leitor conhece alguém que esteja preso porque dirigiu bêbado e matou um outro alguém?
Do Balaio do Kotscho
http://noticias.r7.com/blogs/ricardo-kotscho/2011/10/04/os-motoristas-assassinos-policia-prende-justica-solta/
Na hora do acidente, o veículo marcava 100 km/h num local em que a velocidade máxima é de 70 km/h. Um bombeiro que atendeu a ocorrência disse que ele aparentava sinais de embriaguez e cheirava a bebida alcoólica. Os médicos do Hospital São Luiz, para onde o motorista assassino foi levado, também informaram que ele aparentava estar embrigado.
Para o juiz Emanuel Brandão Filho, "os elementos da investigação policial não são suficientes para mantê-lo preso". O que será que faltou? Desta forma, Martins nem teve que pagar fiança.
A única "pena" aplicada pelo juiz foi tirar sua carteira de motorista, proibí-lo de frequentar bares com bebidas alcoólicas e pedir que ele se apresente em juízo a cada três meses. Ou seja, matar duas pessoas na calçada saiu quase de graça.
Para o jovem Felipe de Lorena Infanti Arenzon, de 19 anos, que bateu com seu Chevrolet Camaro em seis carros e deixou quatro feridos _ um deles em estado grave, com 90% do corpo queimado _ a liberdade custou apenas R$ 245 mil, valor da fiança fixada pelo juiz Rodrigo de Azevedo Costa, que aceitou o pedido de liberdade provisória feito pelo advogado João César Cáceres.
Preso em flagrante, ele estava na carceragem do 72º DP, na zona norte, desde a sexta-feira, e também foi solto na segunda. Arenzon tinha saído de uma boate e, segundo os policiais que atenderam a o ocorrência, estava embrigado. Depois, tentou fugir a pé.
Como todos os outros jovens presos nas mesmas condições e pelos mesmos motivos nas últimas semanas, ele poderá responder em liberdade aos crimes de tentativa de homicídio doloso, embriaguez ao volante e fuga do local do acidente sem socorrer as vítimas.
Até quando esta rotina se repetirá? Por onde andarão as "blitz" da Lei Seca que tanto sucesso fizeram na imprensa nos primeiros dias? Quando começará para valer uma campanha para colocar na cadeia estes motoristas assassinos soltos por aí com seus carrões abastecidos nas baladas?
Na cidade em que a Lei do Fumo pegou, a bebida e a irresponsabilidade correm soltas sem que nenhum médico se disponha a aparecer na televisão para mostrar os riscos para toda a sociedade, com o aumento do número de acidentes e de mortes violentas provocadas pelo álcool. O motivo pode estar no fato de que a propaganda de cigarros foi proibida, e a de bebidas, não.
Seja como for, a Justiça não contribui para diminuir o número de mortes ao mostrar que os crimes praticados no trânsito continuam impunes. Ou o caro leitor conhece alguém que esteja preso porque dirigiu bêbado e matou um outro alguém?
Do Balaio do Kotscho
http://noticias.r7.com/blogs/ricardo-kotscho/2011/10/04/os-motoristas-assassinos-policia-prende-justica-solta/
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