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segunda-feira, 31 de outubro de 2011
Tempestade em Sericita e arredores
Na tarde do dia 28 /10/2011, sexta feira uma chuva de granizo e vento fez vários estragos na cidade, arrancando telhados e comprometendo a safra de café do próximo ano, as flores caíram 75 % .
No distrito de Santana de Sericita o vento arrancou vários telhados, um deles acabou atingindo a cabeça de Sebastião Pio filho do senhor João Pio , o rapaz de 41 anos foi socorrido mas veio a falecer antes de chegar no hospital.
Os moradores de Santana e Sericita ficaram surpresos e muito assustados com a forte tempestade.
O sepultamento de Sebastião foi no cemitério de Santana
Notícia enviada por Luciano Santana.
Meu comentário: o temporal ou tempestade atingiu outros locais como o vilarejo de Barroso na divisa entre Abre Campo e São Pedro dos Ferros
Ver mulher bonita é como usar cocaína, diz Harvard
Estudo mostra que o efeito químico no cérebro masculino causado pela visão de uma beldade é o mesmo da droga
A modelo Rosie Huntington Whiteley, dona de um rosto que, segundo Harvard, pode provocar o mesmo efeito que cocaína nos homens
Um estudo feito pela universidade de Harvard descobriu que a visão de um rosto de uma mulher atraente ativa os mesmos centros nervosos no cérebro de um homem que a cocaína.
Durante os testes, foram mostradas fotos de mulheres atraentes aos participantes. Imagens do cérebro revelaram que uma área chamada circuito de recompensa – responsável pela coordenação de todas as atividades que envolvem o prazer –disparou quando eles olharam para rostos bonitos.
O efeito causado pela visão das beladades aos homens avaliados é muito similar ao desencadeado pela cocaína no cérebro humano.
Testa com curvatura proeminente, olhos, nariz e boca localizados em posição relativamente baixa, olhos grandes, bochechas redondas e queixo pequeno estavam entre as características que os homens consideraram mais atraentes.
Da Epóca Negócios Online
Durante os testes, foram mostradas fotos de mulheres atraentes aos participantes. Imagens do cérebro revelaram que uma área chamada circuito de recompensa – responsável pela coordenação de todas as atividades que envolvem o prazer –disparou quando eles olharam para rostos bonitos.
O efeito causado pela visão das beladades aos homens avaliados é muito similar ao desencadeado pela cocaína no cérebro humano.
Testa com curvatura proeminente, olhos, nariz e boca localizados em posição relativamente baixa, olhos grandes, bochechas redondas e queixo pequeno estavam entre as características que os homens consideraram mais atraentes.
Da Epóca Negócios Online
terça-feira, 25 de outubro de 2011
Raimundo Santana Sobrinho e , Iraci Rosa de Santana
Raimundo Santana Sobrinho, faleceu aos 74 anos no dia 18 de outubro de 2011, meu pai: fecha o livro de sua vida com a dor de nossa saudade!! a senhora ao seu lado e sua viuva, Iraci Rosa de Santana a minha querida mãe.
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Juros 11,5% ao ano
Copom reduz juros para 11,5% ao ano
Esta foi a segunda redução consecutiva dos juros básicos da economia.
Taxa cai ao nível de janeiro de 2011; em termos reais, é mais alta do mundo.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, colegiado formado pela diretoria e presidente da autoridade monetária, se reuniu nesta quarta-feira (19) e decidiu baixar os juros básicos da economia brasileira, que recuaram de 12% para 11,50% ao ano.
Trata-se da segunda reunião consecutiva de redução dos juros, que já haviam caído no fim de agosto, pegando parte do mercado financeiro de surpresa. Com a decisão desta quarta, os juros retornam ao menor patamar desde o começo do ano, visto que, em janeiro de 2011, estavam em 11,25% ao ano.
11,25% ao ano.
A decisão do Banco Central foi tomada em meio ao agravamento da crise financeira internacional, que começou em setembro de 2009, mas que voltou a piorar há poucos meses - com o rebaixamento da dívida dos Estados Unidos pela agência de classificação de risco Standard & Poors.
Para o BC, a "transmissão" do cenário de crise externa para a economia brasileira pode acontecer por meio da redução do volume de comércio e do menor aporte de investimentos, além de restrições ao crédito e da "piora" no sentimento de consumidores e empresários. A crise também deve gerar, segundo analistas, redução dos preços dos alimentos - contribuindo para moderar as pressões inflacionárias.
"A situação externa não encontrou, desde a última reunião do Copom [no fim de agosto], definição de melhores alternativas. Houve agravamento e há grande possibilidade de recessão na Europa e Estados Unidos, sendo a queda gradual da atividade da economia chinesa já uma realidade", avaliou o economista Sidnei Nehme, da NGO Corretora, que defendia um corte maior dos juros, da ordem de um ponto percentual, para 11% ao ano.
Sinais do BC e previsões do mercado
O novo corte nos juros básicos da economia brasileira foi amplamente sinalizado pelo Banco Central, que já havia comunicado que "ajustes moderados" nos juros seriam compatíveis com a inflação no centro da meta de 4,5% em 2012. Deste modo, a decisão já era esperada pelo mercado financeiro, que projetava justamente uma redução de 0,5 ponto percentual nesta quarta-feira, para 11,50% ao ano.
Além das indicações do BC, indicadores econômicos divulgados nas últimas semanas confirmaram o cenário de desaceleração da economia brasileira. A prévia do PIB, divulgada pela autoridade monetária, mostrou recuo de 0,53% em agosto, ao mesmo tempo em que a produção industrial, e as vendas do varejo de agosto, também indicaram desaceleração da economia. Dados dos empregos formais, assim como a arrecadação, também mostram sinais de arrefecimento do nível de atividade.
Explicação do BC
Ao fim do encontro do Copom desta quarta-feira, o Copom divulgou o seguinte comunicado: "Dando seguimento ao processo de ajuste das condições monetárias, o Copom decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa Selic para 11,50% a.a., sem viés. O Copom entende que, ao tempestivamente mitigar os efeitos vindos de um ambiente global mais restritivo, um ajuste moderado no nível da taxa básica é consistente com o cenário de convergência da inflação para a meta em 2012".
Metas de inflação
Pelo sistema de metas de inflação, que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas. Neste momento, a autoridade monetária já está nivelando a taxa de juros para atingir a meta do próximo ano.
Para 2011 e 2012, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. O BC busca trazer a inflação para o centro da meta de 4,5% em 2012.
Recentemente, o BC informou, por meio do relatório de inflação do terceiro trimestre deste ano, que prevê um IPCA de 6,4% para este ano, com 45% de chance de "estourar" o teto de 6,50% do sistema de metas, e uma inflação de cerca de 5% para o próximo ano.
Juros reais mais altos do mundo
Em 11,50% ao ano, de acordo com estudo do economista Jason Vieira, da corretora Cruzeiro do Sul, em parceria com Thiago Davino, analista de mercado da Weisul Agrícola, a taxa real de juros (após o abatimento da inflação) do Brasil ficou em cerca de 5,5% ao ano, mais do que o dobro do segundo colocado (Hungria, com 2,3% ao ano). A taxa média de juros de 40 países pesquisados está negativa em 0,8% ao ano. Juros altos tendem a atrair capitais para a economia brasileira, pressinando para baixo a cotação do dólar.
Do G1
Comentário: este blog sempre defendeu a redução a juros, chega de bolsa banqueiro.
Trata-se da segunda reunião consecutiva de redução dos juros, que já haviam caído no fim de agosto, pegando parte do mercado financeiro de surpresa. Com a decisão desta quarta, os juros retornam ao menor patamar desde o começo do ano, visto que, em janeiro de 2011, estavam em 11,25% ao ano.
11,25% ao ano.
Crise financeira
A decisão do Banco Central foi tomada em meio ao agravamento da crise financeira internacional, que começou em setembro de 2009, mas que voltou a piorar há poucos meses - com o rebaixamento da dívida dos Estados Unidos pela agência de classificação de risco Standard & Poors.
Para o BC, a "transmissão" do cenário de crise externa para a economia brasileira pode acontecer por meio da redução do volume de comércio e do menor aporte de investimentos, além de restrições ao crédito e da "piora" no sentimento de consumidores e empresários. A crise também deve gerar, segundo analistas, redução dos preços dos alimentos - contribuindo para moderar as pressões inflacionárias.
"A situação externa não encontrou, desde a última reunião do Copom [no fim de agosto], definição de melhores alternativas. Houve agravamento e há grande possibilidade de recessão na Europa e Estados Unidos, sendo a queda gradual da atividade da economia chinesa já uma realidade", avaliou o economista Sidnei Nehme, da NGO Corretora, que defendia um corte maior dos juros, da ordem de um ponto percentual, para 11% ao ano.
Sinais do BC e previsões do mercado
O novo corte nos juros básicos da economia brasileira foi amplamente sinalizado pelo Banco Central, que já havia comunicado que "ajustes moderados" nos juros seriam compatíveis com a inflação no centro da meta de 4,5% em 2012. Deste modo, a decisão já era esperada pelo mercado financeiro, que projetava justamente uma redução de 0,5 ponto percentual nesta quarta-feira, para 11,50% ao ano.
Além das indicações do BC, indicadores econômicos divulgados nas últimas semanas confirmaram o cenário de desaceleração da economia brasileira. A prévia do PIB, divulgada pela autoridade monetária, mostrou recuo de 0,53% em agosto, ao mesmo tempo em que a produção industrial, e as vendas do varejo de agosto, também indicaram desaceleração da economia. Dados dos empregos formais, assim como a arrecadação, também mostram sinais de arrefecimento do nível de atividade.
Explicação do BC
Ao fim do encontro do Copom desta quarta-feira, o Copom divulgou o seguinte comunicado: "Dando seguimento ao processo de ajuste das condições monetárias, o Copom decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa Selic para 11,50% a.a., sem viés. O Copom entende que, ao tempestivamente mitigar os efeitos vindos de um ambiente global mais restritivo, um ajuste moderado no nível da taxa básica é consistente com o cenário de convergência da inflação para a meta em 2012".
Metas de inflação
Pelo sistema de metas de inflação, que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas. Neste momento, a autoridade monetária já está nivelando a taxa de juros para atingir a meta do próximo ano.
Para 2011 e 2012, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. O BC busca trazer a inflação para o centro da meta de 4,5% em 2012.
Recentemente, o BC informou, por meio do relatório de inflação do terceiro trimestre deste ano, que prevê um IPCA de 6,4% para este ano, com 45% de chance de "estourar" o teto de 6,50% do sistema de metas, e uma inflação de cerca de 5% para o próximo ano.
Juros reais mais altos do mundo
Em 11,50% ao ano, de acordo com estudo do economista Jason Vieira, da corretora Cruzeiro do Sul, em parceria com Thiago Davino, analista de mercado da Weisul Agrícola, a taxa real de juros (após o abatimento da inflação) do Brasil ficou em cerca de 5,5% ao ano, mais do que o dobro do segundo colocado (Hungria, com 2,3% ao ano). A taxa média de juros de 40 países pesquisados está negativa em 0,8% ao ano. Juros altos tendem a atrair capitais para a economia brasileira, pressinando para baixo a cotação do dólar.
Do G1
Comentário: este blog sempre defendeu a redução a juros, chega de bolsa banqueiro.
domingo, 16 de outubro de 2011
Abaixo a corrupção!
A nova batalha é contra a corrupção, que nunca será extinta, mas pode ser bem menos dramática se cada um fizer a sua parte. Inclusive você.
Má notícia para os descrentes, boa notícia para os milhares que foram às ruas no 12 de outubro protestar contra a corrupção e exigir a constitucionalidade da Ficha Limpa, o fim do voto secreto no Congresso e a abrangência do CNJ: a onda está crescendo.
No Congresso, políticos e assessores já buscam e analisam projetos que estendem a Ficha Limpa, hoje restrita ao Legislativo, para o Executivo e o Judiciário. Assim, o candidato a uma vaga num dos três Poderes só poderá assumir se não tiver sido condenado por um colegiado.
No governo, a Controladoria-Geral da União propõe a introdução, por decreto, de critérios da Lei da Ficha Limpa para ministros e todos os cargos de confiança, que, cá pra nós, não são poucos.
E os Estados começam a se coçar. Em Santa Catarina, um dos que saiu na frente, foi aprovada a extensão da Ficha Limpa para, simplificando, todo mundo. E está sendo cumprida.
Alertado pelo Ministério Público Estadual, o governador Raimundo Colombo teve de trocar o presidente da SCGás (companhia de gás do Estado), Altamir José Paes, e vai ter de afastar o secretário de Agricultura, João Rodrigues. Sem entrar no mérito, o fato é que ambos não são, técnica e legalmente, Ficha Limpa. Logo, não podem ocupar os cargos.
É assim, com as instituições agindo, a lei sendo cumprida e as pessoas exercendo a cidadania, que o Brasil vai caminhando. Aos trancos e barrancos, é verdade, mas em frente.
Saiu de uma ditadura violenta pacificamente, sem derramar uma gota de sangue. Viveu o impeachment do primeiro presidente eleito por voto direto em décadas sem um tiro. Estabilizou a economia e mudou a moeda com brilho. Foi governado por um migrante nordestino que deixou sua marca e encantou o mundo.
A nova batalha é contra a corrupção, que nunca será extinta, mas pode ser bem menos dramática se cada um fizer a sua parte. Inclusive você.
De Eliane Cantanhêde na Folha de São Paulo de 16/10/2011
Má notícia para os descrentes, boa notícia para os milhares que foram às ruas no 12 de outubro protestar contra a corrupção e exigir a constitucionalidade da Ficha Limpa, o fim do voto secreto no Congresso e a abrangência do CNJ: a onda está crescendo.
No Congresso, políticos e assessores já buscam e analisam projetos que estendem a Ficha Limpa, hoje restrita ao Legislativo, para o Executivo e o Judiciário. Assim, o candidato a uma vaga num dos três Poderes só poderá assumir se não tiver sido condenado por um colegiado.
No governo, a Controladoria-Geral da União propõe a introdução, por decreto, de critérios da Lei da Ficha Limpa para ministros e todos os cargos de confiança, que, cá pra nós, não são poucos.
E os Estados começam a se coçar. Em Santa Catarina, um dos que saiu na frente, foi aprovada a extensão da Ficha Limpa para, simplificando, todo mundo. E está sendo cumprida.
Alertado pelo Ministério Público Estadual, o governador Raimundo Colombo teve de trocar o presidente da SCGás (companhia de gás do Estado), Altamir José Paes, e vai ter de afastar o secretário de Agricultura, João Rodrigues. Sem entrar no mérito, o fato é que ambos não são, técnica e legalmente, Ficha Limpa. Logo, não podem ocupar os cargos.
É assim, com as instituições agindo, a lei sendo cumprida e as pessoas exercendo a cidadania, que o Brasil vai caminhando. Aos trancos e barrancos, é verdade, mas em frente.
Saiu de uma ditadura violenta pacificamente, sem derramar uma gota de sangue. Viveu o impeachment do primeiro presidente eleito por voto direto em décadas sem um tiro. Estabilizou a economia e mudou a moeda com brilho. Foi governado por um migrante nordestino que deixou sua marca e encantou o mundo.
A nova batalha é contra a corrupção, que nunca será extinta, mas pode ser bem menos dramática se cada um fizer a sua parte. Inclusive você.
De Eliane Cantanhêde na Folha de São Paulo de 16/10/2011
A primeira reforma: moral
"Se todos quisermos, podemos fazer deste país uma grande nação", disse há séculos um de nossos mais importantes líderes: Tiradentes.
Nas últimas semanas, a sociedade brasileira intensificou a discussão sobre as reformas que há anos têm sido postergadas, embora prometidas em cada nova campanha eleitoral.
É gratificante constatar que esse positivo debate público frutifica o inegável aperfeiçoamento da democracia em nosso país. Uma de nossas mais recentes e significativas conquistas foi vencer o preconceito e eleger a primeira mulher presidente do Brasil.
Contudo, se podemos comemorar avanços, cabe lembrar que nos falta ainda um longo caminho a ser percorrido. E nem poderia ser diferente, porque a dinâmica de um país exige permanentes transformações. Pelo que a mídia tem informado, a população elegeu a reforma política como a que deve vir primeiro, acreditando que esta, ao preceder as outras, estabelecerá ambiente ainda mais legítimo para votá-las.
É possível que, com regras políticas melhor definidas, nossos representantes no Congresso tenham melhores condições de promover as reformas tributária, trabalhista, previdenciária e outras. Sempre, assim esperamos, respeitando os interesses do país e a vontade popular.
Não é difícil entender as razões pelas quais a sociedade se posiciona desse modo, afinal a falta das necessárias reformas prejudica os que produzem e trabalham, reduz as possibilidades de crescimento e limita os investimentos e a criação de empregos.
Estamos diante de um desafio importantíssimo para agilizar o desenvolvimento do país, e não devemos mais adiá-lo. Entre as principais teses quanto aos modelos eleitorais que podem ser adotados, estão o voto em lista e o distrital, o financiamento público de campanhas e a fidelidade partidária. Para cada uma dessas propostas, existem bons argumentos contra e a favor.
No meu entender, são bem-vindas todas as propostas que possam fortalecer os partidos -base legítima do processo político.
Mas, ainda que prevaleçam ideias capazes de aprimorar nosso sistema político dentro da realidade do século em que vivemos, é imperioso que exerçamos o poder do voto de maneira responsável, escolhendo os melhores candidatos.
Refiro-me à necessidade de que o processo eleitoral rejeite a imoralidade e a falta de ética. E cabe a nós, cidadãos eleitores, promover a mais importante de todas as reformas: a da moralidade.
"Se todos quisermos, podemos fazer deste país uma grande nação", disse há séculos um de nossos mais importantes líderes: Tiradentes. A reforma moral na política está em nossas mãos e temos a responsabilidade de conduzir o Brasil como nação ética, livre e desenvolvida.
De Josué Gomes da Silva na Folha de São Paulo de 16/10/2011
Nas últimas semanas, a sociedade brasileira intensificou a discussão sobre as reformas que há anos têm sido postergadas, embora prometidas em cada nova campanha eleitoral.
É gratificante constatar que esse positivo debate público frutifica o inegável aperfeiçoamento da democracia em nosso país. Uma de nossas mais recentes e significativas conquistas foi vencer o preconceito e eleger a primeira mulher presidente do Brasil.
Contudo, se podemos comemorar avanços, cabe lembrar que nos falta ainda um longo caminho a ser percorrido. E nem poderia ser diferente, porque a dinâmica de um país exige permanentes transformações. Pelo que a mídia tem informado, a população elegeu a reforma política como a que deve vir primeiro, acreditando que esta, ao preceder as outras, estabelecerá ambiente ainda mais legítimo para votá-las.
É possível que, com regras políticas melhor definidas, nossos representantes no Congresso tenham melhores condições de promover as reformas tributária, trabalhista, previdenciária e outras. Sempre, assim esperamos, respeitando os interesses do país e a vontade popular.
Não é difícil entender as razões pelas quais a sociedade se posiciona desse modo, afinal a falta das necessárias reformas prejudica os que produzem e trabalham, reduz as possibilidades de crescimento e limita os investimentos e a criação de empregos.
Estamos diante de um desafio importantíssimo para agilizar o desenvolvimento do país, e não devemos mais adiá-lo. Entre as principais teses quanto aos modelos eleitorais que podem ser adotados, estão o voto em lista e o distrital, o financiamento público de campanhas e a fidelidade partidária. Para cada uma dessas propostas, existem bons argumentos contra e a favor.
No meu entender, são bem-vindas todas as propostas que possam fortalecer os partidos -base legítima do processo político.
Mas, ainda que prevaleçam ideias capazes de aprimorar nosso sistema político dentro da realidade do século em que vivemos, é imperioso que exerçamos o poder do voto de maneira responsável, escolhendo os melhores candidatos.
Refiro-me à necessidade de que o processo eleitoral rejeite a imoralidade e a falta de ética. E cabe a nós, cidadãos eleitores, promover a mais importante de todas as reformas: a da moralidade.
"Se todos quisermos, podemos fazer deste país uma grande nação", disse há séculos um de nossos mais importantes líderes: Tiradentes. A reforma moral na política está em nossas mãos e temos a responsabilidade de conduzir o Brasil como nação ética, livre e desenvolvida.
De Josué Gomes da Silva na Folha de São Paulo de 16/10/2011
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Glutamato Monossódico e Aspartame
VOCÊ SOFRE DE:?
- Dor de cabeça
- Dor da cabeça aos pés
- Depressão
- Tonteira
- Dor ou queimação no estomago
- Dor na ATM - Articulação Temporo Mandibular (articulação da boca)
- Tensão nos ombros, ou até em todos os músculos do corpo
- Insônia ou muita moleza
- Você também pode estar inchado, ou sentindo os músculos "moles"
- Sua visão pode estar borrada, turva
- E de repente você pode ter ficado com dificuldades na escola,
- Ou pensa que sua idade está acabando com a sua memória,
- Zumbido, convulsões, taquicardia?
- Está tendo problemas de pressão arterial e não consegue estabilizar.
Você pode estar sofrendo da Doença do Aspartame, ou da Doença do Glutamato Monossódico, ou ate das duas.
Para diabéticos o consumo de Aspartame é ainda pior. Os sintomas são mais graves e ainda dificulta o controle da glicemia.
Até sintomas de Alzheimer, Esclerose Múltipla e Mal de Parkinson estão acontecendo.
Se você está grávida ou pretende engravidar. Se você está amamentando. Por favor, retire imediatamente estas substâncias da sua alimentação.
Seu bebe não dorme, chora muito, é agitado, tem muitos gazes? Procure se você não está usando algumas destas substâncias, mesmo que seja só um pouquinho. Elas passam para o leite.
Já foi a todo tipo de medico,
Já fez todo tipo de exame,
Ninguém descobre o que você tem.
Pode ser até que você esteja tomando remédios neurológicos ou psiquiátricos para pelo menos tentar melhorar os sintomas.
Pode ser que você esteja tomando antiinflamatórios, algumas vezes, corticóides. E você não melhorou, pouco melhorou, ou até piorou.
Ainda que às vezes você tenha sido diagnosticado com"síndrome da fadiga crônica", ou "fibromialgia".
Você pode estar sofrendo da Doença do Aspartame, ou da Doença do Glutamato Monossódico, ou ate das duas. Ou pelo menos tendo seus sintomas piorados.
Leia a matéria completa em
http://amorordemeprogresso.blogspot.com/2009/02/glutamato-monossodico-e-aspartame.html
Doce veneno - Aspartame
Três artigos, sobre o Doce Veneno - Aspartame, escritos pela Denise Arcoverde no site Síndrome de Estocolmo
Doce Veneno - Aspartame - Parte 1 - Minha Experiência
http://amorordemeprogresso.blogspot.com/2010/09/doce-veneneno-aspartame.html
Doce Veneno - Aspartame - Parte 2 - Ciência & Incertezas
http://amorordemeprogresso.blogspot.com/2010/09/doce-veneno-aspartame-parte-2-ciencia.html
Doce Veneno - Aspartame - Parte 3 - Porque a gente pode engordar consumindo produtos Diet
http://amorordemeprogresso.blogspot.com/2010/09/doce-veneno-aspartame-parte-3-porque.html
domingo, 9 de outubro de 2011
Uma Professora Muito Maluquinha
ENTREVISTA ZIRALDO
Não tem que angustiar a criança com prova na aula
PARA ESCRITOR DE LIVROS INFANTIS, AS FÉRIAS SÃO PARA CURTIR, NÃO PARA TER REFORÇO, E BULLYNG É "INVENÇÃO AMERICANA"
Cena do filme ‘Uma Professora Muito Maluquinha’
MORRIS KACHANI
DE SÃO PAULO
Uma escola em que não há provas, nem deveres de casa. Em que ler gibi é estudar. Onde um tribunal composto pelos próprios alunos julga os mais indisciplinados.
Por trás do filme "Uma Professora Muito Maluquinha", inspirado em livro homônimo de Ziraldo e que estreou na sexta, esconde-se a visão do autor sobre o que seria uma escola mais adequada.
Ziraldo se diz o leigo mais entendido em ensino fundamental no país. Entre "O Menino Maluquinho", "Uma Professora Muito Maluquinha" e "Flicts", vendeu mais de 7 milhões de livros infantis e percorreu escolas dando palestras para professores de norte a sul do país nos últimos 30 anos.
O filme volta à década de 40 no interior de Minas Gerais e é uma espécie de memória da infância de Ziraldo. A professora em questão, interpretada por Paola Oliveira e inspirada em personagem verídica, encanta os alunos e os moços da cidade (e também o padre...) com seu jeito brejeiro e nada convencional de ser.
Ela entra em choque com a direção do colégio e só leciona por um ano, mas os alunos nunca a esquecerão.
Segundo conta Ziraldo, a turma que teve aulas com ela foi a mais brilhante da história de Caratinga, sua cidade natal -dali saíram deputados, advogados, escritores.
"Com ela aprendemos a ler e a escrever e não sabíamos nada além. Mas nisso éramos melhores que os alunos mais velhos. Quando ela saiu, todos tomamos bomba. Foi só no primeiro ano, depois a gente voou, porque tudo era mais fácil para nós."
Nesta entrevista Ziraldo propõe um método de ensino em que a individualidade de cada aluno é estimulada a todo custo. Provoca com a proposta de o Enem avaliar os professores, não os alunos. Diz que bullying é invenção americana.
E para defender suas ideias, cita a própria família. Dois de seus três filhos não concluíram os estudos escolares. Hoje são bilíngues e bem-sucedidos em suas carreiras (Antonio Pinto como compositor de trilhas e Fabrizia como diretora de cinema; a outra filha é a diretora e cenógrafa Daniela Thomas).
Folha - O que acha da situação educacional brasileira?
Ziraldo - O Brasil não tem 10% de analfabetos, tem 90%. Quem não lê jornal é analfabeto funcional, não está interessado em nada, é incapaz de se expressar pela escrita e entender o que está lendo. O pessoal está chegando ao vestibular analfabeto.
E as escolas?
A escola de antigamente não era risonha e franca como se diz por aí, isso é balela. A escola educava para a escola. Agora busca educar para a vida. A gente avançou. Mas há grandes equívocos. A principal prioridade, que é ensinar a ler, a escrever e a contar, foi esquecida.
E os professores?
O que salva é o heroísmo de alguns. Mas uma educação que precisa de heróis está perdida. E não é só salário. A classe é muito mal assistida pelo governo. Não há congresso ou incentivo para reciclar o conhecimento. O Enem deveria avaliar o professor, não o aluno.
E os pais dos alunos?
Para poder fazer uma criança leitora, o lar é muito importante. Os pais têm que encher a casa de livros. E ficarem atentos para não deixar a criança chegar à internet sem passar pelo livro. A internet é a maior dádiva do ser humano, quem sabe mais importante até do que Gutemberg. Mas estimula uma curiosidade mais superficial.
O que propõe?
Eu acho que a lição de casa deveria ser a de escrever um diário. Escrever sobre si, pensar. Este é um projeto meu que será encampado pelas escolas das secretarias estaduais de Educação de Minas Gerais e do Rio de Janeiro.
Que acha do bullying?
Isso é importação dos americanos. A sociedade brasileira não tem esse tipo de intolerância racial. E você demonizar o cara que fica gozando do outro também não é bom, fica aquele negócio da autoridade defendendo o cagão.
Todas as pessoas que conheci de muito sucesso foram molestadas na escola - Caetano Veloso, Lobão, todo mundo. Você vai arrumar proteção pro cara que se deixa ser sacaneado? Deixa ele se virar!
Como foi a educação de seus filhos?
Os três aprenderam a ler em casa. Era cheia de livros, para todos os lados, e instrumentos musicais. O Antonio era pilhado, não conseguíamos controlar ele e quando decidiu abandonar a escola, deixamos. Foi o mesmo com Fabrizia. Mas eles se viraram, desenvolveram outro tipo de inteligência.
Qual é o legado da professora maluquinha?
Tem que inventar. Quando ela passa o exercício de encontrar um país que não existe, assim os alunos descobrem 500 países. Outra questão que aparece no filme: não tem que angustiar a criança com prova.
Mas como avaliar se aprendeu?
Se não aprender o que deve na escola, o aluno vai ficar emperrado, ele próprio vai criar a condição de se melhorar. Aliás, não pode dar aula de reforço nas férias. As férias são para curtir.
FRASES
"Se não aprender na escola, o aluno fica emperrado, ele vai criar a condição de se melhorar"
"O que salva é o heroísmo de alguns. Mas uma educação que precisa de heróis está perdida. A classe é muito mal assistida pelo governo. O Enem deveria avaliar o professor, não o aluno"
"Para poder fazer uma criança leitora, o lar é muito importante. Os pais têm que encher a casa de livros"
ZIRALDO
Não tem que angustiar a criança com prova na aula
PARA ESCRITOR DE LIVROS INFANTIS, AS FÉRIAS SÃO PARA CURTIR, NÃO PARA TER REFORÇO, E BULLYNG É "INVENÇÃO AMERICANA"
Divulgação |
MORRIS KACHANI
DE SÃO PAULO
Uma escola em que não há provas, nem deveres de casa. Em que ler gibi é estudar. Onde um tribunal composto pelos próprios alunos julga os mais indisciplinados.
Por trás do filme "Uma Professora Muito Maluquinha", inspirado em livro homônimo de Ziraldo e que estreou na sexta, esconde-se a visão do autor sobre o que seria uma escola mais adequada.
Ziraldo se diz o leigo mais entendido em ensino fundamental no país. Entre "O Menino Maluquinho", "Uma Professora Muito Maluquinha" e "Flicts", vendeu mais de 7 milhões de livros infantis e percorreu escolas dando palestras para professores de norte a sul do país nos últimos 30 anos.
O filme volta à década de 40 no interior de Minas Gerais e é uma espécie de memória da infância de Ziraldo. A professora em questão, interpretada por Paola Oliveira e inspirada em personagem verídica, encanta os alunos e os moços da cidade (e também o padre...) com seu jeito brejeiro e nada convencional de ser.
Ela entra em choque com a direção do colégio e só leciona por um ano, mas os alunos nunca a esquecerão.
Segundo conta Ziraldo, a turma que teve aulas com ela foi a mais brilhante da história de Caratinga, sua cidade natal -dali saíram deputados, advogados, escritores.
"Com ela aprendemos a ler e a escrever e não sabíamos nada além. Mas nisso éramos melhores que os alunos mais velhos. Quando ela saiu, todos tomamos bomba. Foi só no primeiro ano, depois a gente voou, porque tudo era mais fácil para nós."
Nesta entrevista Ziraldo propõe um método de ensino em que a individualidade de cada aluno é estimulada a todo custo. Provoca com a proposta de o Enem avaliar os professores, não os alunos. Diz que bullying é invenção americana.
E para defender suas ideias, cita a própria família. Dois de seus três filhos não concluíram os estudos escolares. Hoje são bilíngues e bem-sucedidos em suas carreiras (Antonio Pinto como compositor de trilhas e Fabrizia como diretora de cinema; a outra filha é a diretora e cenógrafa Daniela Thomas).
Folha - O que acha da situação educacional brasileira?
Ziraldo - O Brasil não tem 10% de analfabetos, tem 90%. Quem não lê jornal é analfabeto funcional, não está interessado em nada, é incapaz de se expressar pela escrita e entender o que está lendo. O pessoal está chegando ao vestibular analfabeto.
E as escolas?
A escola de antigamente não era risonha e franca como se diz por aí, isso é balela. A escola educava para a escola. Agora busca educar para a vida. A gente avançou. Mas há grandes equívocos. A principal prioridade, que é ensinar a ler, a escrever e a contar, foi esquecida.
E os professores?
O que salva é o heroísmo de alguns. Mas uma educação que precisa de heróis está perdida. E não é só salário. A classe é muito mal assistida pelo governo. Não há congresso ou incentivo para reciclar o conhecimento. O Enem deveria avaliar o professor, não o aluno.
E os pais dos alunos?
Para poder fazer uma criança leitora, o lar é muito importante. Os pais têm que encher a casa de livros. E ficarem atentos para não deixar a criança chegar à internet sem passar pelo livro. A internet é a maior dádiva do ser humano, quem sabe mais importante até do que Gutemberg. Mas estimula uma curiosidade mais superficial.
O que propõe?
Eu acho que a lição de casa deveria ser a de escrever um diário. Escrever sobre si, pensar. Este é um projeto meu que será encampado pelas escolas das secretarias estaduais de Educação de Minas Gerais e do Rio de Janeiro.
Que acha do bullying?
Isso é importação dos americanos. A sociedade brasileira não tem esse tipo de intolerância racial. E você demonizar o cara que fica gozando do outro também não é bom, fica aquele negócio da autoridade defendendo o cagão.
Todas as pessoas que conheci de muito sucesso foram molestadas na escola - Caetano Veloso, Lobão, todo mundo. Você vai arrumar proteção pro cara que se deixa ser sacaneado? Deixa ele se virar!
Como foi a educação de seus filhos?
Os três aprenderam a ler em casa. Era cheia de livros, para todos os lados, e instrumentos musicais. O Antonio era pilhado, não conseguíamos controlar ele e quando decidiu abandonar a escola, deixamos. Foi o mesmo com Fabrizia. Mas eles se viraram, desenvolveram outro tipo de inteligência.
Qual é o legado da professora maluquinha?
Tem que inventar. Quando ela passa o exercício de encontrar um país que não existe, assim os alunos descobrem 500 países. Outra questão que aparece no filme: não tem que angustiar a criança com prova.
Mas como avaliar se aprendeu?
Se não aprender o que deve na escola, o aluno vai ficar emperrado, ele próprio vai criar a condição de se melhorar. Aliás, não pode dar aula de reforço nas férias. As férias são para curtir.
FRASES
"Se não aprender na escola, o aluno fica emperrado, ele vai criar a condição de se melhorar"
"O que salva é o heroísmo de alguns. Mas uma educação que precisa de heróis está perdida. A classe é muito mal assistida pelo governo. O Enem deveria avaliar o professor, não o aluno"
"Para poder fazer uma criança leitora, o lar é muito importante. Os pais têm que encher a casa de livros"
ZIRALDO
Por respeito à vida
Os números mais recentes do Sistema de Informação de Mortalidade do Ministério da Saúde mostram um triste cenário: 37.594 brasileiros morreram em acidentes no trânsito em 2009.
Nessas estatísticas, em termos mundiais, ocupamos o quinto lugar. Há estimativas de que, além dos que perecem no local do choque, muitos morrem posteriormente, além de sequelas em 500 mil pessoas, todos os anos.
Outro estudo, o Mapa da Violência no Brasil, divulgado neste ano pelo Ministério da Justiça, revela aumento de 32,4% nas mortes de jovens em acidentes de transporte de 1998 a 2008. O aumento, no total da população, foi de 26,5%.
Os dados evidenciam imensa irresponsabilidade por parte de uma expressiva parcela de motoristas, considerando que a imprudência é a principal causa dessa tragédia diária de nossas ruas e estradas. Sabe-se ainda que essa atitude condenável é provocada, em numerosos casos, pelo uso de álcool e drogas.
É verdade que são bem-intencionadas as campanhas educativas, como a de 22 de setembro último, no Dia Mundial Sem Carro. Contudo tais iniciativas mostram-se insuficientes para mudar a cultura de negligência que contamina parte dos motoristas.
O próprio ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lamentou recentemente o grave impacto dos acidentes de trânsito. Segundo ele, houve uma explosão no número de atendimentos por essa razão. Somente na rede pública foram gastos R$ 185 milhões em 2010, com a hospitalização das vítimas. Sem contar as faltas ao trabalho e outras despesas correlatas.
Os prejuízos não são só financeiros. Os mortos na violência do trânsito, em especial os jovens, interrompem precocemente sua história e carreira por motivo banal e inaceitável.
São muitos talentos para a educação, a ciência, a cultura, os esportes, empreendedores que o país perde nos destroços dos veículos.
Essa é uma preocupação que a sociedade e as famílias devem ter. Um compromisso dos pais ao prepararem seus filhos para a convivência civilizada e lhes incutir a imensa responsabilidade que significa manejar um automóvel. Não se pode dar um carro a um jovem sem antes lhe prover educação para o trânsito, consciência de cidadania.
A sensação de impunidade, é óbvio, contribui para estimular essa violência, considerando que dificilmente alguém vai preso e cumpre pena em tempo justo quando protagoniza horrores e mortes ao volante, mesmo se embriagado ou drogado. Casos como esses têm se multiplicado, principalmente envolvendo jovens com automóveis luxuosos e velozes.
Nada justifica a omissão dos familiares e responsáveis. A educação em casa é decisiva para que a vida, própria e alheia, seja mais respeitada!
Texto de JOSUÉ GOMES DA SILVA na Folha de São Paulo de 09/10/2011
Nessas estatísticas, em termos mundiais, ocupamos o quinto lugar. Há estimativas de que, além dos que perecem no local do choque, muitos morrem posteriormente, além de sequelas em 500 mil pessoas, todos os anos.
Outro estudo, o Mapa da Violência no Brasil, divulgado neste ano pelo Ministério da Justiça, revela aumento de 32,4% nas mortes de jovens em acidentes de transporte de 1998 a 2008. O aumento, no total da população, foi de 26,5%.
Os dados evidenciam imensa irresponsabilidade por parte de uma expressiva parcela de motoristas, considerando que a imprudência é a principal causa dessa tragédia diária de nossas ruas e estradas. Sabe-se ainda que essa atitude condenável é provocada, em numerosos casos, pelo uso de álcool e drogas.
É verdade que são bem-intencionadas as campanhas educativas, como a de 22 de setembro último, no Dia Mundial Sem Carro. Contudo tais iniciativas mostram-se insuficientes para mudar a cultura de negligência que contamina parte dos motoristas.
O próprio ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lamentou recentemente o grave impacto dos acidentes de trânsito. Segundo ele, houve uma explosão no número de atendimentos por essa razão. Somente na rede pública foram gastos R$ 185 milhões em 2010, com a hospitalização das vítimas. Sem contar as faltas ao trabalho e outras despesas correlatas.
Os prejuízos não são só financeiros. Os mortos na violência do trânsito, em especial os jovens, interrompem precocemente sua história e carreira por motivo banal e inaceitável.
São muitos talentos para a educação, a ciência, a cultura, os esportes, empreendedores que o país perde nos destroços dos veículos.
Essa é uma preocupação que a sociedade e as famílias devem ter. Um compromisso dos pais ao prepararem seus filhos para a convivência civilizada e lhes incutir a imensa responsabilidade que significa manejar um automóvel. Não se pode dar um carro a um jovem sem antes lhe prover educação para o trânsito, consciência de cidadania.
A sensação de impunidade, é óbvio, contribui para estimular essa violência, considerando que dificilmente alguém vai preso e cumpre pena em tempo justo quando protagoniza horrores e mortes ao volante, mesmo se embriagado ou drogado. Casos como esses têm se multiplicado, principalmente envolvendo jovens com automóveis luxuosos e velozes.
Nada justifica a omissão dos familiares e responsáveis. A educação em casa é decisiva para que a vida, própria e alheia, seja mais respeitada!
Texto de JOSUÉ GOMES DA SILVA na Folha de São Paulo de 09/10/2011
sábado, 8 de outubro de 2011
Calor
Os agricultores já estão com as sementes compradas, bem como os fertilizantes, somente esperando chover
A agricultura tem seus tempos certos: a semente só pode ser plantada quando a terra estiver úmida e quente o suficiente para que o milagre da germinação se realize.
Aí, a descomunal força da natureza faz com que da minúscula semente saia um conjunto de raízes que buscarão a água e os nutrientes que garantirão o crescimento da parte aérea, que, por sua vez, sobe, atravessa a camada de terra e emerge para a luz e para todos os desafios: calor, frio, seca, enchente, geada, granizo, formigas e outros insetos, fungos e outros agentes patogênicos.
E, em vencendo tudo isso, a plantinha nascida produzirá os frutos que alimentarão animais e pessoas, fazendo com que a vida prossiga e a humanidade fique em paz.
Mas, atenção, tudo tem seu tempo: o fenômeno fisiológico da germinação só acontece se as condições naturais todas se associarem a seu favor.
Não adianta, por exemplo, plantar uma semente de milho em julho: faltará água, faltará calor, e, mesmo que a planta nasça, não terá forças para crescer -e acabará perecendo. E os gastos com insumos, crédito, máquinas e serviço terão sido inúteis, e o prejuízo será certo.
É por isso que tudo tem de ser feito na hora certa, não só do lado do produtor rural , mas também do lado das políticas públicas que fomentam e apoiam a atividade produtiva, como a liberação do crédito.
Não adianta o recurso chegar depois que passar o tempo do plantio, assim como é inútil um seguro rural ser liberado depois de o problema ser identificado.
Pois bem, estamos em outubro, principal mês de plantio de grãos no Centro-Oeste, no Sul e no Sudeste brasileiro. Os agricultores já estão com as sementes compradas e guardadas, bem como os fertilizantes e os defensivos, só esperando chover de verdade. Já começaram as primeiras águas, mas ainda insuficientes.
As máquinas estão reformadas, o pessoal contratado, há uma expectativa no ar, uma ansiedade geral, todo mundo consultando as previsões oficiais de tempo, os mais velhos olhando e interpretando os sinais da natureza.
É aquela mesma apreensão de cada ano, de cada verão, de plantar de novo para, mais uma vez, preservar a vida.
Todo mundo esperando, esperando, esperando... E ele, veterano agricultor, também espera. As rugas cortam o seu rosto queimado pelo sol e, com os cabelos brancos, contam os anos passados na permanente labuta do campo. Ele também espera.
Mas ele não consegue esquecer aquele ano, lá atrás. Tinha sido muito seco, desde abril não caíra uma gota de chuva. É verdade que nesta época não é mesmo de chover, mas daquele jeito nunca vira.
Quando setembro chegara, tudo estava seco, cinzento. Nada verde, nenhuma flor colorida. Havia uma bruma espessa e cinzenta resultante de mil incêndios em toda a região. Um cheiro de morte rondava a natureza.
Mesmo assim ele estivera pronto, como sempre: os insumos comprados, as máquinas engraxadas, a turma concentrada. E esperara...
Mas setembro passara, e nada. Outubro também passara, um calor desesperador, sol causticante, 31 dias sem uma nuvem no céu. Entrara novembro, Finados passara, e nada -só o calor brutal. Chegara o feriado da Proclamação da República, e nada.
O tempo passara e ele pensando nos prejuízos: acabaria plantando tarde, o ciclo seria curto, a plantação não se desenvolveria, a produção seria baixa com custo alto. Conseguiria pagar as contas?
Dia 21 de novembro dera um chuvisqueiro; pouco, mas molhara a terra e ele mandara ver: os tratores roncaram e, por três dias de muito trabalho, plantara quase tudo. Parara, porque não chovera mais nada e a terra secara, o calor voltara infernal. E a seca seguira inclemente.
As primeiras sementes germinaram, soltaram folhinhas tímidas que esperaram mais chuva. Estiolaram, morreram, tudo acabara. Ano trágico, fizera quase tudo certo, quase quebrara, quase perdera tudo.
Agora, anos depois, estava ele de novo, esperando. Outro outubro, pensando, quem sabe, que tudo vai correr bem desta vez.
Texto de ROBERTO RODRIGUES, 69, coordenador do Centro de Agronegócio da FGV, presidente do Conselho Superior do Agronegócio da Fiesp e professor do Depto. de Economia Rural da Unesp - Jaboticabal, foi ministro da Agricultura (governo Lula).
Na Folha de São Paulo de 08/10/2011
A agricultura tem seus tempos certos: a semente só pode ser plantada quando a terra estiver úmida e quente o suficiente para que o milagre da germinação se realize.
Aí, a descomunal força da natureza faz com que da minúscula semente saia um conjunto de raízes que buscarão a água e os nutrientes que garantirão o crescimento da parte aérea, que, por sua vez, sobe, atravessa a camada de terra e emerge para a luz e para todos os desafios: calor, frio, seca, enchente, geada, granizo, formigas e outros insetos, fungos e outros agentes patogênicos.
E, em vencendo tudo isso, a plantinha nascida produzirá os frutos que alimentarão animais e pessoas, fazendo com que a vida prossiga e a humanidade fique em paz.
Mas, atenção, tudo tem seu tempo: o fenômeno fisiológico da germinação só acontece se as condições naturais todas se associarem a seu favor.
Não adianta, por exemplo, plantar uma semente de milho em julho: faltará água, faltará calor, e, mesmo que a planta nasça, não terá forças para crescer -e acabará perecendo. E os gastos com insumos, crédito, máquinas e serviço terão sido inúteis, e o prejuízo será certo.
É por isso que tudo tem de ser feito na hora certa, não só do lado do produtor rural , mas também do lado das políticas públicas que fomentam e apoiam a atividade produtiva, como a liberação do crédito.
Não adianta o recurso chegar depois que passar o tempo do plantio, assim como é inútil um seguro rural ser liberado depois de o problema ser identificado.
Pois bem, estamos em outubro, principal mês de plantio de grãos no Centro-Oeste, no Sul e no Sudeste brasileiro. Os agricultores já estão com as sementes compradas e guardadas, bem como os fertilizantes e os defensivos, só esperando chover de verdade. Já começaram as primeiras águas, mas ainda insuficientes.
As máquinas estão reformadas, o pessoal contratado, há uma expectativa no ar, uma ansiedade geral, todo mundo consultando as previsões oficiais de tempo, os mais velhos olhando e interpretando os sinais da natureza.
É aquela mesma apreensão de cada ano, de cada verão, de plantar de novo para, mais uma vez, preservar a vida.
Todo mundo esperando, esperando, esperando... E ele, veterano agricultor, também espera. As rugas cortam o seu rosto queimado pelo sol e, com os cabelos brancos, contam os anos passados na permanente labuta do campo. Ele também espera.
Mas ele não consegue esquecer aquele ano, lá atrás. Tinha sido muito seco, desde abril não caíra uma gota de chuva. É verdade que nesta época não é mesmo de chover, mas daquele jeito nunca vira.
Quando setembro chegara, tudo estava seco, cinzento. Nada verde, nenhuma flor colorida. Havia uma bruma espessa e cinzenta resultante de mil incêndios em toda a região. Um cheiro de morte rondava a natureza.
Mesmo assim ele estivera pronto, como sempre: os insumos comprados, as máquinas engraxadas, a turma concentrada. E esperara...
Mas setembro passara, e nada. Outubro também passara, um calor desesperador, sol causticante, 31 dias sem uma nuvem no céu. Entrara novembro, Finados passara, e nada -só o calor brutal. Chegara o feriado da Proclamação da República, e nada.
O tempo passara e ele pensando nos prejuízos: acabaria plantando tarde, o ciclo seria curto, a plantação não se desenvolveria, a produção seria baixa com custo alto. Conseguiria pagar as contas?
Dia 21 de novembro dera um chuvisqueiro; pouco, mas molhara a terra e ele mandara ver: os tratores roncaram e, por três dias de muito trabalho, plantara quase tudo. Parara, porque não chovera mais nada e a terra secara, o calor voltara infernal. E a seca seguira inclemente.
As primeiras sementes germinaram, soltaram folhinhas tímidas que esperaram mais chuva. Estiolaram, morreram, tudo acabara. Ano trágico, fizera quase tudo certo, quase quebrara, quase perdera tudo.
Agora, anos depois, estava ele de novo, esperando. Outro outubro, pensando, quem sabe, que tudo vai correr bem desta vez.
Texto de ROBERTO RODRIGUES, 69, coordenador do Centro de Agronegócio da FGV, presidente do Conselho Superior do Agronegócio da Fiesp e professor do Depto. de Economia Rural da Unesp - Jaboticabal, foi ministro da Agricultura (governo Lula).
Na Folha de São Paulo de 08/10/2011
terça-feira, 4 de outubro de 2011
Dívida pública acaba de alcançar R$ 2,2 trilhões
Governo não deve passar aviso prévio sobre juros nem sobre câmbio. Mas a presidente Dilma não deixa por menos.
Com crise ou sem crise lá fora, vamos rebaixar os juros aqui dentro, disse ela./
E não é para menos: a dívida pública acaba de alcançar R$ 2,2 trilhões.
É a dívida mais cara do planeta, pagando os juros mais elevados do planeta - juros fixados pelo próprio devedor, o governo.
Neste ano, devemos pagar, só de juros o recorde de R$ 230 bilhões. Um ralo do tamanho de três orçamentos da saúde para o ano que vem.
Do blog do Joelmir Beting em 30/09/2011
Com crise ou sem crise lá fora, vamos rebaixar os juros aqui dentro, disse ela./
E não é para menos: a dívida pública acaba de alcançar R$ 2,2 trilhões.
É a dívida mais cara do planeta, pagando os juros mais elevados do planeta - juros fixados pelo próprio devedor, o governo.
Neste ano, devemos pagar, só de juros o recorde de R$ 230 bilhões. Um ralo do tamanho de três orçamentos da saúde para o ano que vem.
Do blog do Joelmir Beting em 30/09/2011
Os motoristas assassinos: Polícia prende, Justiça solta
Já está virando uma triste e perigosa rotina em São Paulo. O jovem sai da balada de cara cheia, pega o carrão e voa pela cidade atropelando, matando, batendo no que encontra pela frente. É preso em flagrante. Horas ou dias depois, paga uma fiança e é solto pela Justiça.
Às vezes, nem isso. Na segunda-feira, o Tribunal de Justiça de São Paulo mandou soltar o bibliotecário Marcos Alexandre Martins, de 34 anos, que estava preso na Penitenciária II em Tremembé, depois que atropelou e matou mãe e filha na calçada do Shopping Villa-Lobos, na Marginal do Pinheiros.
Na hora do acidente, o veículo marcava 100 km/h num local em que a velocidade máxima é de 70 km/h. Um bombeiro que atendeu a ocorrência disse que ele aparentava sinais de embriaguez e cheirava a bebida alcoólica. Os médicos do Hospital São Luiz, para onde o motorista assassino foi levado, também informaram que ele aparentava estar embrigado.
Para o juiz Emanuel Brandão Filho, "os elementos da investigação policial não são suficientes para mantê-lo preso". O que será que faltou? Desta forma, Martins nem teve que pagar fiança.
A única "pena" aplicada pelo juiz foi tirar sua carteira de motorista, proibí-lo de frequentar bares com bebidas alcoólicas e pedir que ele se apresente em juízo a cada três meses. Ou seja, matar duas pessoas na calçada saiu quase de graça.
Para o jovem Felipe de Lorena Infanti Arenzon, de 19 anos, que bateu com seu Chevrolet Camaro em seis carros e deixou quatro feridos _ um deles em estado grave, com 90% do corpo queimado _ a liberdade custou apenas R$ 245 mil, valor da fiança fixada pelo juiz Rodrigo de Azevedo Costa, que aceitou o pedido de liberdade provisória feito pelo advogado João César Cáceres.
Preso em flagrante, ele estava na carceragem do 72º DP, na zona norte, desde a sexta-feira, e também foi solto na segunda. Arenzon tinha saído de uma boate e, segundo os policiais que atenderam a o ocorrência, estava embrigado. Depois, tentou fugir a pé.
Como todos os outros jovens presos nas mesmas condições e pelos mesmos motivos nas últimas semanas, ele poderá responder em liberdade aos crimes de tentativa de homicídio doloso, embriaguez ao volante e fuga do local do acidente sem socorrer as vítimas.
Até quando esta rotina se repetirá? Por onde andarão as "blitz" da Lei Seca que tanto sucesso fizeram na imprensa nos primeiros dias? Quando começará para valer uma campanha para colocar na cadeia estes motoristas assassinos soltos por aí com seus carrões abastecidos nas baladas?
Na cidade em que a Lei do Fumo pegou, a bebida e a irresponsabilidade correm soltas sem que nenhum médico se disponha a aparecer na televisão para mostrar os riscos para toda a sociedade, com o aumento do número de acidentes e de mortes violentas provocadas pelo álcool. O motivo pode estar no fato de que a propaganda de cigarros foi proibida, e a de bebidas, não.
Seja como for, a Justiça não contribui para diminuir o número de mortes ao mostrar que os crimes praticados no trânsito continuam impunes. Ou o caro leitor conhece alguém que esteja preso porque dirigiu bêbado e matou um outro alguém?
Do Balaio do Kotscho
http://noticias.r7.com/blogs/ricardo-kotscho/2011/10/04/os-motoristas-assassinos-policia-prende-justica-solta/
Na hora do acidente, o veículo marcava 100 km/h num local em que a velocidade máxima é de 70 km/h. Um bombeiro que atendeu a ocorrência disse que ele aparentava sinais de embriaguez e cheirava a bebida alcoólica. Os médicos do Hospital São Luiz, para onde o motorista assassino foi levado, também informaram que ele aparentava estar embrigado.
Para o juiz Emanuel Brandão Filho, "os elementos da investigação policial não são suficientes para mantê-lo preso". O que será que faltou? Desta forma, Martins nem teve que pagar fiança.
A única "pena" aplicada pelo juiz foi tirar sua carteira de motorista, proibí-lo de frequentar bares com bebidas alcoólicas e pedir que ele se apresente em juízo a cada três meses. Ou seja, matar duas pessoas na calçada saiu quase de graça.
Para o jovem Felipe de Lorena Infanti Arenzon, de 19 anos, que bateu com seu Chevrolet Camaro em seis carros e deixou quatro feridos _ um deles em estado grave, com 90% do corpo queimado _ a liberdade custou apenas R$ 245 mil, valor da fiança fixada pelo juiz Rodrigo de Azevedo Costa, que aceitou o pedido de liberdade provisória feito pelo advogado João César Cáceres.
Preso em flagrante, ele estava na carceragem do 72º DP, na zona norte, desde a sexta-feira, e também foi solto na segunda. Arenzon tinha saído de uma boate e, segundo os policiais que atenderam a o ocorrência, estava embrigado. Depois, tentou fugir a pé.
Como todos os outros jovens presos nas mesmas condições e pelos mesmos motivos nas últimas semanas, ele poderá responder em liberdade aos crimes de tentativa de homicídio doloso, embriaguez ao volante e fuga do local do acidente sem socorrer as vítimas.
Até quando esta rotina se repetirá? Por onde andarão as "blitz" da Lei Seca que tanto sucesso fizeram na imprensa nos primeiros dias? Quando começará para valer uma campanha para colocar na cadeia estes motoristas assassinos soltos por aí com seus carrões abastecidos nas baladas?
Na cidade em que a Lei do Fumo pegou, a bebida e a irresponsabilidade correm soltas sem que nenhum médico se disponha a aparecer na televisão para mostrar os riscos para toda a sociedade, com o aumento do número de acidentes e de mortes violentas provocadas pelo álcool. O motivo pode estar no fato de que a propaganda de cigarros foi proibida, e a de bebidas, não.
Seja como for, a Justiça não contribui para diminuir o número de mortes ao mostrar que os crimes praticados no trânsito continuam impunes. Ou o caro leitor conhece alguém que esteja preso porque dirigiu bêbado e matou um outro alguém?
Do Balaio do Kotscho
http://noticias.r7.com/blogs/ricardo-kotscho/2011/10/04/os-motoristas-assassinos-policia-prende-justica-solta/
sábado, 1 de outubro de 2011
Dica de Filme
Winston Churchill foi o obstáculo mais importante contra os nazistas durante a II Guerra Mundial. Com duas autoridades intrépida e retórica, inspirou milhões de britânicos e outros grupos mundiais a lutar até o final contra Hitler.
___________________________________Ficha Técnica
Título no Brasil: Into the Storm
Título Original: Into the Storm País de Origem: Reino Unido / EUA
Gênero: Biografia | Drama | História | Guerra
Tempo de Duração: 100 minutos
Ano de Lançamento: 2009
Estúdio/Distrib.: Warner Home Vídeo
Direção: Thaddeus O'Sullivan
IMDB: 7.0
A justiça e os bandidos de toga
Justiça sofre com 'bandidos de toga', afirma corregedora
A ministra Eliana Calmon atacou iniciativa de juízes de reduzir poder do conselho que fiscaliza o Judiciário
Advogados pressionam CNJ a adiar julgamento de processos que podem resultar em punição de magistrados suspeitos
A corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, fez duros ataques a seus pares ao criticar a iniciativa de uma entidade de juízes de tentar reduzir o poder de investigação do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
"Acho que é o primeiro caminho para a impunidade da magistratura, que hoje está com gravíssimos problemas de infiltração de bandidos que estão escondidos atrás da toga", declarou em entrevista à APJ (Associação Paulista de Jornais).
O STF (Supremo Tribunal Federal) deve julgar amanhã ação proposta pela AMB (Associação dos Magistrados do Brasil) restringindo poder de fiscalização do CNJ.
A associação pede que o CNJ só atue depois de esgotados os trabalhos das corregedorias regionais.
Na entrevista, Eliana Calmon criticou a resistência dos tribunais a serem fiscalizados pelo CNJ, citando o Tribunal de Justiça de São Paulo:
"Sabe que dia eu vou inspecionar São Paulo? No dia em que o sargento Garcia prender o Zorro. É um Tribunal de Justiça fechado, refratário a qualquer ação do CNJ", disse a corregedora.
Nos últimos dias, acusados de irregularidades tentaram evitar seus respectivos julgamentos antes de o STF se pronunciar sobre o CNJ.
O conselho, por sua vez, incluiu em sua pauta de discussão 11 processos que podem punir magistrados por conduta irregular.
Se somados, o CNJ terá mais de 20 casos de juízes investigados na pauta de julgamento neste mês.
Este ano, houve uma guerra velada que colocou em lados opostos Eliana Calmon e o presidente do CNJ e do STF, ministro Cezar Peluso.
O conselho começou a funcionar em 2005 e já condenou 49 magistrados. Recentemente, porém, ministros do Supremo concederam liminares suspendendo decisões do CNJ que determinavam o afastamento de magistrados.
ZVEITER
Ontem, o CNJ adiou o julgamento do presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio, Luiz Zveiter.
Segundo Eliana Calmon, o adiamento aconteceu a pedido do advogado de Zveiter, o ex-ministro Márcio Thomaz Bastos, que está fora do país.
As supostas irregularidades ocorreram no ano passado, quando Zveiter era presidente do Tribunal de Justiça.
O caso foi a plenário em fevereiro, quando três conselheiros foram favoráveis ao afastamento e à abertura de processo disciplinar. Saiu da pauta para análise de suspeição de dois conselheiros.
Segundo a corregedoria, há indícios de que informações prestadas por Zveiter beneficiaram a construtora RJZ Cyrela, cliente do escritório de parentes seus. Zveiter, o escritório e a Cyrela afirmam que o terreno em disputa não tem relação com empreendimentos da construtora.
Da Folha de São Paulo de 27/09/2011
Os dentes do CNJ
Julgamento no Supremo dos limites do Conselho Nacional de Justiça será decisivo para manter avanços na transparência do Judiciário
Está na pauta de hoje do Supremo Tribunal Federal (STF) uma Ação Direta de Inconstitucionalidade que vai definir o futuro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Na prática, os ministros do Supremo decidirão se o CNJ tem condições de corresponder à expectativa da sociedade e enfrentar os desvios no Judiciário ou se fará apenas um papel decorativo no jogo de poder da Justiça brasileira.
O Conselho Nacional de Justiça foi criado em 2004, na Reforma do Judiciário, em um momento em que o Poder sofria com as revelações de uma CPI e enfrentava escândalos como o do Fórum Trabalhista de São Paulo, que deu projeção nacional -negativa- ao ex-juiz Nicolau dos Santos Neto.
O CNJ teve um importante efeito moralizador. Desde então, buscou combater a morosidade e a ineficiência da Justiça brasileira, com metas quantificáveis para a análise de processos, e puniu juízes acusados de corrupção e outros desvios éticos.
Peça-chave nesse processo foi a Corregedoria do Conselho, que, sobretudo a partir da gestão do ministro Gilson Dipp, assumiu um papel ativo na condução de processos disciplinares contra juízes. Até agora, 49 magistrados já sofreram algum tipo de sanção.
Refletindo a insatisfação claramente corporativista de tribunais estaduais, incomodados com os processos conduzidos pela Corregedoria, a Associação dos Magistrados do Brasil entrou com ação para limitar os poderes do CNJ.
Se o pedido for aceito, a Corregedoria só poderá analisar suspeitas depois que estiverem esgotadas todas as instâncias de recursos dentro dos próprios tribunais.
A medida seria um golpe fatal para a eficácia do CNJ, uma vez que os órgãos de controle estaduais, muito mais sujeitos a pressões políticas, poderão protelar "ad infinitum" investigações contra os integrantes dessas cortes.
É o direito, garantido pela Constituição, de tomar a iniciativa em investigações de corrupção que tem permitido à Corregedoria do CNJ uma ação inovadora e moralizadora num dos setores mais resistentes à prestação de contas.
A decisão do STF definirá se o Judiciário vai seguir o rumo da abertura e da intolerância com a corrupção ou se transformará o CNJ em um leão sem dentes, incapaz de cumprir sua função.
Eitorial da Folha de São Paulo de 28/09/2011
Pecadões e pecadilhos
Tentando amaciar a crise no Judiciário, o ministro do Supremo Marco Aurélio Mello classificou de "pecadilho" o fato de a corregedora do Conselho Nacional de Justiça, Eliana Calmon, dizer que há "bandidos escondidos atrás das togas". Mais diretamente: que há juízes bandidos.
O "pecadilho" aponta para pecadões e para o lado mais dramático de todo esse enredo: o corporativismo do Judiciário, que resiste a conviver com o conselho, criado para investigar a Justiça e os juízes.
Tudo começa com uma Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) da AMB, a Associação dos Magistrados Brasileiros, para que o conselho passe a ser mero ratificador das decisões das corregedorias regionais, onde velhos camaradas se autoinvestigam e o corporativismo pode se embolar com a impunidade.
Assim, a coisa já começou mal e só evolui para pior. Baiana arretada, Eliana Calmon não tem papas na língua e disse o que cidadãos, juízes, ministros do Supremo e principalmente os próprios "escondidos atrás das togas" estão carecas de saber: há juízes bons e juízes ruins. O problema é que a verdade dói.
Doeu nos integrantes do próprio conselho, que classificaram as declarações da ministra-corregedora de "levianas", capazes de atingir todo o Judiciário e todos os juízes de Norte a Sul. E doeu no fígado do presidente do Supremo, Cezar Peluso, que comandou a, digamos assim, reação corporativa.
Segundo Calmon, o Tribunal de Justiça de São Paulo só vai se deixar ser investigado "no dia em que o sargento Garcia prender o Zorro". Pois não é que a origem de Peluso é justamente o TJ-SP?
Com todo o respeito, esse tribunal é sabidamente hermético e os números do CNJ estão do lado da ministra: desde 2005, quando criado, o conselho já condenou 49 juízes. Boa coisa certamente não andavam fazendo escondidos atrás das togas.
De Eliane Cantanhêde na Folha de São Paulo de 29/09/2011
Juízes acima da lei
Tentativas de diminuir o poder de investigação do Conselho Nacional de Justiça conflitam com o espírito que orientou sua criação
Venda de sentenças, atrasos intencionais no andamento de processos, desvio de verbas: casos assim estão longe de constituir a regra geral no Judiciário brasileiro. Seria absurdo, todavia, dizer que inexistem -ou ofender-se, como parece ser a reação de alguns magistrados, quando alguém menciona o que acontece.
Trinta e cinco desembargadores -o cargo mais alto nas magistraturas estaduais- estão sob suspeita de ter cometido irregularidades desse tipo.
Instalado em 2005, o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) tem tido papel determinante para investigar e coibir tais desvios de conduta. Desde sua criação, 25 já foram punidos.
Como seria de esperar, a atuação do CNJ encontra resistências dentro da própria magistratura. Foi assim que a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) recorreu ao Supremo Tribunal Federal para limitar os poderes do Conselho.
Defende-se que o CNJ só intervenha depois de esgotados os recursos cabíveis nas instâncias fiscalizatórias estaduais. Não é difícil prever que, com isso, as pressões corporativas das cúpulas locais aumentariam o risco da impunidade e da omissão.
O STF encontra-se dividido sobre o tema, que envolve interpretações diversas da Constituição. Pelo texto em vigor, entretanto, parece claro que os poderes do CNJ predominam sobre as instâncias estaduais -e que foi exatamente no espírito de evitar o corporativismo local que o Congresso lhe conferiu tais prerrogativas.
Segundo a Constituição, o CNJ pode receber diretamente denúncias e reclamações "de qualquer interessado". Pode "receber e conhecer" queixas contra membros e órgãos do Poder Judiciário, "sem prejuízo da competência disciplinar e correcional dos tribunais". Pode "avocar", ou seja, reivindicar para seu âmbito, quaisquer processos disciplinares em curso.
O CNJ, vale lembrar, zela apenas pelos processos administrativos. O juiz, como qualquer servidor público, responde por seus atos perante seu empregador, que é o Estado. Pode ser inclusive afastado num processo administrativo, a despeito de ações correlatas que corram no âmbito judicial.
Se há, nos dispositivos que criaram o CNJ, excesso de centralização de poderes, ou qualquer empecilho à atuação de outros órgãos de fiscalização, caberia ao Congresso rever o texto da Constituição.
Mais uma vez, entretanto, a tendência no Supremo é a de sobrepor uma carga interpretativa e regulatória própria ao texto constitucional. Suspensa temporariamente a decisão sobre o recurso da AMB, os ministros procuram chegar a uma solução de compromisso. É de perguntar, entretanto, se há compromisso possível entre as conveniências corporativas dos magistrados, muitas vezes recobertas de suscetibilidades incompatíveis com o ideal de transparência republicana, e as expectativas dos cidadãos -que veem, a despeito dos avanços já conquistados pelo CNJ, ainda muito por ser feito.
Editorial da Folha de São Paulo de 02/10/2011
Dilma: vamos baixar o juros
País deve aproveitar crise para baixar juro, diz Dilma
Presidente promete 'cautela' na condução da economia e defende Banco Central
Petista afirma estar 'abrindo espaço' para a taxa básica de juros cair, apesar das pressões inflacionárias
A presidente Dilma Rousseff afirmou ontem que o país deve aproveitar a crise internacional para reduzir suas elevadas taxas de juros, mas prometeu cautela na condução da economia.
Em discurso para cerca de 400 empresários, em São Paulo, ela defendeu o Banco Central das críticas que ele tem recebido no mercado desde que decidiu baixar a taxa Selic para 12%, em agosto.
"Estamos abrindo espaço para que o BC, diante da crise e da ameaça de deflação e depressão em algumas economias desenvolvidas, possa iniciar um ciclo cauteloso e responsável de redução da taxa básica de juros."
"Quanto mais a deflação ameaçar a economia internacional, quanto mais a situação financeira ficar grave, desta vez nós vamos aproveitar", afirmou a presidente.
Ela voltou a dizer que o país está mais preparado para enfrentar a crise externa do que em 2008, mas "não pode errar" na avaliação de seus efeitos sobre a economia.
"O Brasil não pode desta vez errar na avaliação do que vai acontecer aqui como repercussão do que está acontecendo lá fora. Não é admissível que, se de fato se configure uma recessão e um processo deflacionário no resto do mundo, nós aqui estejamos sem levar isso em conta."
Segundo Dilma, o governo espera novas quedas da taxa Selic, mas não pretende forçar sua redução. Muitos analistas do mercado acham que o BC se precipitou ao cortar os juros em agosto, porque a inflação continua muito alta.
"Esperamos que possamos iniciar um ciclo de redução da taxa básica. Obviamente, isso só será possível dadas as condições internas e externas. Nós não somos mais aqueles que fazem a política 'Ah, tem que baixar'. Vai baixar se for possível", disse.
Depois da saída da presidente, o ministro Guido Mantega (Fazenda) afirmou que o Brasil tem "munição" para baixar os juros, mas atribuiu a decisão apenas ao BC.
"Nós temos a taxa de juros mais elevada do mundo", disse. "Se for necessário, se o BC achar que deve, nós podemos reduzir a taxa de juros."
Mantega acrescentou que essa é a resposta preferida do governo para reagir à crise, porque "não custa nada". "Ao contrário, reduz a nossa principal dívida", disse.
Dilma participou de seminário sobre competitividade promovido pela revista "Exame", em São Paulo.
EFEITOS
Analistas do mercado atribuíram às declarações de Dilma mudanças nos contratos de juros negociados no mercado futuro, que já vinham recuando devido ao pessimismo com o cenário externo.
O mercado passou a apostar num corte de 0,75 ponto percentual na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do BC, em outubro. No dia anterior, as apostas predominantes eram de redução de 0,5 ponto.
Devido à incerteza no cenário externo, os analistas preveem que as apostas dos investidores continuarão oscilando nos próximos dias.
Bernardo Mello Franco, Mariana Carneiro e Mariana Schreiber na Folha de São Paulo de 01/10/2011
Presidente promete 'cautela' na condução da economia e defende Banco Central
Petista afirma estar 'abrindo espaço' para a taxa básica de juros cair, apesar das pressões inflacionárias
A presidente Dilma Rousseff afirmou ontem que o país deve aproveitar a crise internacional para reduzir suas elevadas taxas de juros, mas prometeu cautela na condução da economia.
Em discurso para cerca de 400 empresários, em São Paulo, ela defendeu o Banco Central das críticas que ele tem recebido no mercado desde que decidiu baixar a taxa Selic para 12%, em agosto.
"Estamos abrindo espaço para que o BC, diante da crise e da ameaça de deflação e depressão em algumas economias desenvolvidas, possa iniciar um ciclo cauteloso e responsável de redução da taxa básica de juros."
"Quanto mais a deflação ameaçar a economia internacional, quanto mais a situação financeira ficar grave, desta vez nós vamos aproveitar", afirmou a presidente.
Ela voltou a dizer que o país está mais preparado para enfrentar a crise externa do que em 2008, mas "não pode errar" na avaliação de seus efeitos sobre a economia.
"O Brasil não pode desta vez errar na avaliação do que vai acontecer aqui como repercussão do que está acontecendo lá fora. Não é admissível que, se de fato se configure uma recessão e um processo deflacionário no resto do mundo, nós aqui estejamos sem levar isso em conta."
Segundo Dilma, o governo espera novas quedas da taxa Selic, mas não pretende forçar sua redução. Muitos analistas do mercado acham que o BC se precipitou ao cortar os juros em agosto, porque a inflação continua muito alta.
"Esperamos que possamos iniciar um ciclo de redução da taxa básica. Obviamente, isso só será possível dadas as condições internas e externas. Nós não somos mais aqueles que fazem a política 'Ah, tem que baixar'. Vai baixar se for possível", disse.
Depois da saída da presidente, o ministro Guido Mantega (Fazenda) afirmou que o Brasil tem "munição" para baixar os juros, mas atribuiu a decisão apenas ao BC.
"Nós temos a taxa de juros mais elevada do mundo", disse. "Se for necessário, se o BC achar que deve, nós podemos reduzir a taxa de juros."
Mantega acrescentou que essa é a resposta preferida do governo para reagir à crise, porque "não custa nada". "Ao contrário, reduz a nossa principal dívida", disse.
Dilma participou de seminário sobre competitividade promovido pela revista "Exame", em São Paulo.
EFEITOS
Analistas do mercado atribuíram às declarações de Dilma mudanças nos contratos de juros negociados no mercado futuro, que já vinham recuando devido ao pessimismo com o cenário externo.
O mercado passou a apostar num corte de 0,75 ponto percentual na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do BC, em outubro. No dia anterior, as apostas predominantes eram de redução de 0,5 ponto.
Devido à incerteza no cenário externo, os analistas preveem que as apostas dos investidores continuarão oscilando nos próximos dias.
Bernardo Mello Franco, Mariana Carneiro e Mariana Schreiber na Folha de São Paulo de 01/10/2011
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