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segunda-feira, 22 de março de 2010

Os royalties do petróleo

Os royalties, jogada política do PSDB 


O PSDB quer retornar à presidência da República a qualquer preço e para isto não mede consequencia.  A divisão entre os estados brasileiros relativa aos royalties do petróleo produzido nas Plataformas marítimas da região preconizada – e já aprovada na Câmera dos Deputados, em Brasília – não passa de jogada eleitoreira, uma vez que este ano todos os políticos subirão aos palanques para suas campanhas eleitorais e precisam de alguma coisa para denegrir o governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e evidentemente derrotarem o candidato por ele apoiado, possivelmente a Senhora Dilma Rosset.
O problema, a meu ver, não chega ser apenas econômico para o Rio de Janeiro, vai muito além do que se imagina – derrotar o candidato do presidente Lula, que seria a continuação de um projeto que deu certo, é derrotar a si próprio, ou seja: é voltar à época do desemprego, da elevação dos preços e muito mais, empurrar ainda mais o pobre para o abismo e elevar o rico a patamares mais elevados possíveis, quer dizer: irão governar para os banqueiros, multinacionais e grandes latifundiários, usando o que foi no passado, as Medidas Provisórias, elevando à inflação e reimplantando no país as privatizações, com a entrega das empresas estatais ao capital estrangeiro – atente-se para esta questão.
O Presidente Lula, eu acho, está num dilema: se o Congresso aprovar a Lei da divisão dos  royalties todo o país será beneficiado?  E o Rio de Janeiro ficará economicamente prejudicado? Eis a questão. Mas o que há realmente por trás de tudo isto é a candidatura do PSDB à presidência da Republica, e seus partidários precisam de “um grande feito” para eleger seu candidato.
O presidente Lula goza da prerrogativa de VETAR o projeto de Lei, que será após a votação e aprovação pelo Congresso Nacional, encaminhado ao executivo, mas me parece uma faca de dois gumes, se VETAR os partidários do PSDB, que fazem a política da terra arrasada, (do quanto pior melhor), vão dizer: “olha o governo do Lula não presta, porque vetou a lei dos royalties que beneficiaria o país inteiro e agora quer eleger seu candidato a presidência da República” – embora isto seja muito pouco para derrotar uma candidatura apoiada por ele diante do que fez durante todo o seu mandato. Se não VETAR eles vão se dizer pioneiros de uma proposta que enriqueceria todo país e que por isto seu candidato apresenta melhor perfil para governar a nação brasileira. É isto que está por trás da Lei dos royalties preconizada por Deputados e Senadores no Congresso Nacional sob pressão do PSDB e seus asseclas.

Texto de Raimundo João Cardoso
Publicado no Recanto das Letras em:

4 comentários:

  1. Ao contrário do pensamento do Ramundo, não se trata de questão partidária, trata-se de defesa do povo brasileiro.

    Nós, brasileiros, que não moramos no Rio de Janeiro, não aceitamos continuar contribuindo para que os governos estaduais e municipais gastem fortunas em corrupção, bancando obras superfaturadas para a Copa 2014 e Olimpíada 2016 e todas as outras obras, enquanto o resto da nação vive na miséria.
    Não é justo que o petróleo retirado a trezentos quilômetros de distância das praias fluminenses, seja usado para extorquir a nação e privilegiar incompetentes e corruptos.
    Não há, nem mesmo o consolo de ajudar o povo fluminense, pois o dinheiro é desviado para o bolso dos políticos e camarilha.

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  2. Caro José, se fossemos abrir aqui um discusão, ela seria apenas política e não técnica com discurso onde a realidade dos fatos pode ser improvável, isto porque não disponho de informação palpalvel sobre o assunto corrupão, incompetência e roubalheira em governos, sejam eles de qualquer esfera. Roubo e currupção são casos de polícia e devem ser resolvido pelo Ministério Publico; incompetência problema do executivo que não escolhe direito seus ministros e secretário. O propósito, repito, é a questão política. Pois o disicurso de que fulano rouba sempre foi usado para alavancar candidato a cargo eletivo e a gente precisa parar com esse discurso e pensar e falar somente na proposta que cada um tem para melhor nosso país.

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  3. Gabrielli diz que é contra o atual modelo de distribuição de royalties do petróleo

    O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, afirmou em encontro com empresários em São Paulo promovido pelo Lide, que é contrário ao formato atual de distribuição de royalties do petróleo.

    “Não acho justo o Rio de Janeiro ganhar R$ 7,5 bilhões em royalties enquanto meu estado da Bahia ganhou R$ 246 milhões (no ano passado)”, afirmou.

    Gabrielli ressaltou, no entanto, que essa é uma opinião pessoal, e que para a Petrobras o modelo de distribuição é indiferente.

    O presidente da Petrobras disse ainda que é contrário à proposta do deputado Ibsen Pinheiro para a partilha dos royalties, mas acha que é preciso encontrar um novo modelo para essa divisão.
    Autor: Guilherme Barros no IG
    terça-feira, 30 de março de 2010, 14:24

    Como vocês sabem, o presidente da Petrobrás foi nomeado pelo presidente da República e pertence ao partido do governo.

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  4. Concordo com o presidente da Petrobrás, o que questiono é o momento para aprovação da lei que coloca o governo do presidente Lula na berlinda - Se ficar o bicho pega, se correr o bicho come.

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