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domingo, 16 de setembro de 2007

Excursão à Guarapari

Estudantes sem dinheiro éramos todos nós.
Para ir à praia, Guarapari era o point da época e ao que parece continua a ser, trabalhamos um ano inteiro para juntar dinheiro.
Dinheiro de mesada ou do salário não sobrava para viagem.
O jeito era se virar. E se virar era com a gente mesmo.
A nossa turma do colégio resolvemos promover festas e bailes e o lucro seria destinado à viagem.

Contratamos conjunto de música o "Top 6", reservamos vagas nos clubes da região e fomos à rua divulgar os bailes do final de semana, pois como diz Milton Nascimento:
"Foi nos bailes da vida, ou num bar em troca de pão
Que muita gente boa pôs o pé na profissão
De tocar um instrumento e de cantar
Não importando se quem pagou quis ouvir, foi assim
Cantar era buscar o caminho que vai dar no sol
Tenho comigo as lembranças do que eu era
Para cantar nada era longe, tudo tão bom'
Té a estrada de terra na boléia de caminhão, era sim
Com a roupa encharcada e a alma repleta de chão
Todo artista tem de ir aonde o povo estáSe foi assim, assim será
Cantando me disfarço e não me canso de viver nem de cantar"

Enfim "Não importando se quem pagou quis ouvir" o importante era que a gente juntasse grana para pagar a viagem, a excursão à Guarapari.

Alguns bailes depois, lá estávamos, numa Kombi rumo à Guarapari.
Nós, uma turminha do colégio que alugou uma casa e passaria um final de semana junto ao mar.
"Tudo tão bom", a juventude explodindo à flor da pele, 3 ou 4 rapazes, 3 ou 4 moças, não me lembro bem, quantos eram e de sexo eram. A Kombi estava lotada.

Chegar na praia, sentir o ar com cheiro de sal, entrar na água, sentir o gosto de sal.
Quem foi o "sacana" que derramou sal na água?

Arrumar as coisas, se preparar para passar o dia na praia.

A Praia do Morro com suas ondas nos empurrando de volta à areia. Os caldos, a novidade!
Onda, Maré, "Tudo Tão Bom"
O almoço longe de casa, novos sabores. A grana curta.
As meninas nas praia.
Me lembro especialmente de uma turma também de estudantes de meninas da cidade de Formiga. Não esqueço do formato do corpo das meninas, deve ser por isso que a cidade se chama Formiga. As meninas eram "tanajuras", preciso explicar? A cintura fina e a bunda grande. A testoterona a milhão, quem aguenta?
Na minha turma também as meninas eram lindas, também havia "tanajuras".

Era torturante acompanhar as meninas à praia, aqueles corpos esculturais se bronzeando ou se molhando nas areias da Praia do Morro, ou nas Castanheiras.

Um weekend na praia, tudo o que um mineiro sonha e ainda mais acompanhado de lindas garotas, antes que eu me esqueça de contar, todas garotas me olhavam, eu também era lindo, ou será que era diferente?
Lindo, sei que não era, mas diferente certamente. Quem nos idos de 1973 usaria rinçagem nos cabelos? Pois é um rapaz com 20 anos e com cabelos grisalhos.
Lindo sim. O importante é que "as minas" olhavam para mim. Aliás a praia inteira.

Voltar para casa e para a rotina, depois desta aventura, era mais um motivo para continuar a batalhar para voltar sempre à praia de Guarapari.

2 comentários:

  1. otimo comenterio , das meninas de Formiga fazemos juz ao nome da cidade VALEU

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  2. Quero poder oferecer ao jornal de voces um final de semana na pousada caravelas em guarapari literalmente gratis pra casal ou duas pessoas e aproveitem e vejam a pousada caravelas em www.pousadacaravelas.com ou no orkut pousadacaravelas@gmail.com
    Att Tony

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