Unicef, agência da ONU para a infância
MSF Médicos sem Fronteiras
ActionAid
Junta de Missões Mundiais
Central de Apoio
Fortes ventos e tempestades afetaram quase 2 milhões de pessoas na África
A passagem de um ciclone, seguida de fortes tempestades que duraram dias, deixou mais de 600 mortos em Moçambique, Zimbábue e Maláui, três países do oeste da África.
Segundo a ONU, cerca de 1,85 milhão de pessoas foram afetadas nas últimas semanas. A força dos ventos e das inundações destruiu casas, plantações e estradas. Com isso, falta água potável, comida, remédios e abrigo. Muitas pessoas ficaram isoladas por dias sem ter o que comer nem onde se proteger das chuvas.
A ONU estima que serão necessários ao menos US$ 337 milhões para custear os três primeiros meses de ajuda humanitária aos países. Até esta terça (26), apenas 2% desse total havia sido obtido.
Organizações humanitárias brasileiras e internacionais estão atuando nestes países para ajudar as vítimas. Abaixo, uma lista de como fazer doações para as entidades:
A Central de Apoio, criada por entidades de Moçambique, aceita doações via transferência internacional e presencialmente, em alguns endereços do país, além de fornecer ajuda para encontrar pessoas desaparecidas na tragédia. Mais informações neste site
https://anjemoza.wixsite.com/central-de-apoio/contato
A Junta de Missões Mundiais, ligada à Convenção Batista Brasileira, que conta com uma equipe atuando na região, aceita doações em dinheiro, em reais, pelo seu site
https://vocacionados.jmm.org.br/doeesperanca/index
O Unicef, agência da ONU para a infância, ajuda algumas das 600 mil crianças desabrigadas pela passagem do ciclone. Informações neste site
https://secure.unicef.org.br/Default.aspx?origem=emergencia
A organização Médicos sem Fronteiras, que cuida da saúde da população em situações de crise humanitária, recebe doações para situações emergenciais como essa. Informações neste site
https://www.msf.org.br/fundo-emergencia-6
A entidade internacional ActionAid leva suprimentos para os sobreviventes do desastre. Informações sobre como doar neste site
https://seguro.actionaid.org.br/Emergencia_Ciclone/single_step
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quarta-feira, 27 de março de 2019
terça-feira, 26 de março de 2019
9 alimentos processados que você nunca mais deve comprar
1. Molho de tomate pronto
Diz aí: você já comeu um molho enlatado que fosse realmente gostoso? Nem o mais caro chega perto de um refogadinho caseiro de tomate. Largue de preguiça e faça o próprio molho. Sem receita? Cabô desculpa: tome uma fácil e deliciosa aqui. E, na boa, basta você ferver uma lata de tomates italianos com um pouco de azeite e sal – isso já fica melhor do que o melhor dos molhos prontos.
2. Cubo de caldo
Cubos de caldo são feito com o resto do rebotalho das sobras da indústria. Vegetais meio estragados e carcaças de animais de onde já foi tirada quase toda a carne. Mas isso é o de menos. Ruim mesmo é a quantidade de sódio e de outras substâncias que eles põem nos cubos para disfarçar o gosto ruim.
Se você não tiver paciência de preparar o próprio caldo de legumes, frango ou carne, use água.
3. Suco de caixinha
Sim, eu concordo: é muito chato espremer laranjas. Elas ocupam um espação e a função faz a maior sujeira na cozinha. Mas nem por isso você deve apelar para os sucos em caixa de papelão.
Onde você lê “sem adição de açúcar”, entenda: com adição de suco de maçã tão concentrado que vira… açúcar. “Néctar” disso ou daquilo tem pouco suco e toneladas de açúcar.
No balcão refrigerado há sucos de verdade, sem aditivos (a pasteurização altera um pouco o gosto, mas dá para encarar). E o suco de uva engarrafado também é legal… caro, porém legal.
4. Mistura para bolo
Basta ler o verso da embalagem. Modo de fazer: “Misture leite, ovos, manteiga…” Mas… peraí. Não era para ser uma mistura pronta para bolo? Calma, continue a ler. Ingredientes: “Açúcar, farinha…”. O primeiro ingrediente é sempre aquele que aparece em maior quantidade no produto. Ou seja: a mistura para bolo tem mais açúcar do que qualquer outra coisa. Mais açúcar do que farinha. Gente, deixa disso. Pega uma receitinha da vovó e faz um bolo bacana.
5. Hambúrguer congelado
Na melhor das hipóteses, é apenas carne moída moldada na forma de um disco e vendida pelo dobro do preço ou mais. Na pior, tem proteína de soja, aparas de frango e peru e outras tranqueiras diversas.
Você é capaz de pegar um montinho de carne moída e moldar um hambúrguer, não é? Se não for, lamento dizer que ligar a chama do fogão é uma tarefa perigosa demais para você. Chame um adulto.
6. Margarina
A margarina sempre pode ser substituída por manteiga, óleo e/ou banha de porco. Ela é, basicamente, gordura vegetal hidrogenada e aromatizada com alguma coisa sintética que tenta imitar manteiga. É asqueroso. E a ciência já derrubou o mito de que a margarina é uma gordura saudável.
7. Carnes temperadas
Cortes de porco, frango e peru que já vêm temperados de fábrica contêm mais sódio do que a maioria das pessoas colocaria num tempero caseiro. Têm também nitratos e nitritos. Essas substâncias servem para conservar o alimento, prolongando sua validade. Mas fazem um mal danado à saúde. Temperar a própria comida, além de ser fácil, garante que você vai comer o que você quer do jeito que você gosta.
8. Pão de forma branco
Segue a lista dos ingredientes da marca mais popular:
“Farinha de trigo fortificada com ferro e ácido fólico, açúcar, gordura vegetal, sal, fosfatos monocálcio e tricálcico, vitaminas PP, B6, B1 e B12, emulsificantes estearoil-2-lactil, lactato de sódio, polisorbato 80 e monoglicerídeos de ácido graxos, conservador propionato de cálcio.”
Gente: um pão só precisa de farinha, fermento, água e um pouco de sal. Esse pão de forma é feito para ficar um século na gôndola do mercado sem mofar.
Fuja dele.
9. Queijo ralado
Quando você quebra um alimento em pedaços menores, você multiplica a área em contato com o ar. Isso é péssimo para o queijo, pois o oxigênio do ar causa uma série de reações químicas. Entre outras coisas, a oxidação das gorduras resulta naquilo que a gente conhece como ranço. Queijo ralado de saquinho é queijo rançoso. Sem mencionar o fato de que o material ralado é basicamente casca de queijo e pedaços que já ficaram velhos e duros.
Texto de Marcos Nogueira blog Cozinha Bruta
https://cozinhabruta.blogfolha.uol.com.br/2019/03/26/9-alimentos-processados-que-voce-nunca-mais-deve-comprar/
Diz aí: você já comeu um molho enlatado que fosse realmente gostoso? Nem o mais caro chega perto de um refogadinho caseiro de tomate. Largue de preguiça e faça o próprio molho. Sem receita? Cabô desculpa: tome uma fácil e deliciosa aqui. E, na boa, basta você ferver uma lata de tomates italianos com um pouco de azeite e sal – isso já fica melhor do que o melhor dos molhos prontos.
2. Cubo de caldo
Cubos de caldo são feito com o resto do rebotalho das sobras da indústria. Vegetais meio estragados e carcaças de animais de onde já foi tirada quase toda a carne. Mas isso é o de menos. Ruim mesmo é a quantidade de sódio e de outras substâncias que eles põem nos cubos para disfarçar o gosto ruim.
Se você não tiver paciência de preparar o próprio caldo de legumes, frango ou carne, use água.
3. Suco de caixinha
Sim, eu concordo: é muito chato espremer laranjas. Elas ocupam um espação e a função faz a maior sujeira na cozinha. Mas nem por isso você deve apelar para os sucos em caixa de papelão.
Onde você lê “sem adição de açúcar”, entenda: com adição de suco de maçã tão concentrado que vira… açúcar. “Néctar” disso ou daquilo tem pouco suco e toneladas de açúcar.
No balcão refrigerado há sucos de verdade, sem aditivos (a pasteurização altera um pouco o gosto, mas dá para encarar). E o suco de uva engarrafado também é legal… caro, porém legal.
4. Mistura para bolo
Basta ler o verso da embalagem. Modo de fazer: “Misture leite, ovos, manteiga…” Mas… peraí. Não era para ser uma mistura pronta para bolo? Calma, continue a ler. Ingredientes: “Açúcar, farinha…”. O primeiro ingrediente é sempre aquele que aparece em maior quantidade no produto. Ou seja: a mistura para bolo tem mais açúcar do que qualquer outra coisa. Mais açúcar do que farinha. Gente, deixa disso. Pega uma receitinha da vovó e faz um bolo bacana.
5. Hambúrguer congelado
Na melhor das hipóteses, é apenas carne moída moldada na forma de um disco e vendida pelo dobro do preço ou mais. Na pior, tem proteína de soja, aparas de frango e peru e outras tranqueiras diversas.
Você é capaz de pegar um montinho de carne moída e moldar um hambúrguer, não é? Se não for, lamento dizer que ligar a chama do fogão é uma tarefa perigosa demais para você. Chame um adulto.
6. Margarina
A margarina sempre pode ser substituída por manteiga, óleo e/ou banha de porco. Ela é, basicamente, gordura vegetal hidrogenada e aromatizada com alguma coisa sintética que tenta imitar manteiga. É asqueroso. E a ciência já derrubou o mito de que a margarina é uma gordura saudável.
7. Carnes temperadas
Cortes de porco, frango e peru que já vêm temperados de fábrica contêm mais sódio do que a maioria das pessoas colocaria num tempero caseiro. Têm também nitratos e nitritos. Essas substâncias servem para conservar o alimento, prolongando sua validade. Mas fazem um mal danado à saúde. Temperar a própria comida, além de ser fácil, garante que você vai comer o que você quer do jeito que você gosta.
8. Pão de forma branco
Segue a lista dos ingredientes da marca mais popular:
“Farinha de trigo fortificada com ferro e ácido fólico, açúcar, gordura vegetal, sal, fosfatos monocálcio e tricálcico, vitaminas PP, B6, B1 e B12, emulsificantes estearoil-2-lactil, lactato de sódio, polisorbato 80 e monoglicerídeos de ácido graxos, conservador propionato de cálcio.”
Gente: um pão só precisa de farinha, fermento, água e um pouco de sal. Esse pão de forma é feito para ficar um século na gôndola do mercado sem mofar.
Fuja dele.
9. Queijo ralado
Quando você quebra um alimento em pedaços menores, você multiplica a área em contato com o ar. Isso é péssimo para o queijo, pois o oxigênio do ar causa uma série de reações químicas. Entre outras coisas, a oxidação das gorduras resulta naquilo que a gente conhece como ranço. Queijo ralado de saquinho é queijo rançoso. Sem mencionar o fato de que o material ralado é basicamente casca de queijo e pedaços que já ficaram velhos e duros.
Texto de Marcos Nogueira blog Cozinha Bruta
https://cozinhabruta.blogfolha.uol.com.br/2019/03/26/9-alimentos-processados-que-voce-nunca-mais-deve-comprar/
sábado, 2 de março de 2019
Ministério Público e Polícia Federal recomendam afastamento de diretoria da Vale
As autoridades que trabalham na investigação da tragédia de Brumadinho recomendaram ao conselho de administração da Vale o “imediato afastamento” do diretor- presidente da mineradora, Fabio Scharvtsman, e outros quatro diretores, do “exercício de quaisquer funções e atividades nas empresas integrantes do grupo Vale S.A, proibindo seu acesso a quaisquer de seus prédios ou instalações”.
O documento, assinado por integrantes do Ministério Público Federal, do Ministério Público de Minas Gerais, e da Polícia Federal, pede ainda que a direção da empresa recomende aos empregados não compartilhar assuntos de “teor estritamente profissional” com essas pessoas, informa a repórter Julia Chaib.
O texto foi entregue em mãos aos advogados do conselho de administração da Vale no final da tarde desta sexta (1º).
O MPF, o MPME e a PF dão 10 dias para que a Vale informe se acatará ou não os pedidos. A omissão de resposta será considerada recusa do pedido.
A recomendação se aplica a Fabio Schvartsman, presidente da Vale; Gerd Peter Poppinga, diretor-executivo de ferrosos e carvão; Lúcio Flavio Gallon Cavalli, diretor de planejamento; Silmar Magalhães Silva, diretor de operações do corredor Sudeste; além de outros três gerentes e dois técnicos.
O texto ainda solicita o afastamento de cinco técnicos e gerentes de atividades relacionadas à “gestão de risco e/ou monitoramento de segurança de barragens”.
“A partir da data da entrega desta recomendação, seus destinatários são considerados como pessoalmente cientes da situação ora exposta e, nesses termos, passíveis de responsabilização por quaisquer eventos que lhes forem imputáveis.”
Os investigadores decidiram pedir o afastamento da diretoria e outros funcionários da Vale para evitar que os integrantes da mineradora combinem versões a serem apresentadas e também ocultem provas.
Se o conselho de administração da empresa não aceitar as recomendações, investigadores não descartam pedir a prisão dos envolvidos. Os diretores da Vale entraram com pedido de habeas corpus preventivo no STJ (Superior Tribunal de Justiça) na terça (26).
A recomendação ocorre uma semana depois de gerentes e técnicos que estavam presos afirmarem em depoimento que diretores da Vale sabiam que havia problemas com a barragem do Córrego do Feijão, que se rompeu em janeiro.
A informação de que o depoimento de um gerente levou a investigação à diretoria executiva da Vale foi revelado pela coluna Mônica Bergamo, da Folha, na terça (26).
Entre os gerentes alvo da recomendação das autoridades de Minas Gerais, estão sete dos oito que foram detidos no dia 15 e tiveram habeas corpus concedido pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) nesta semana.
Reportagem de Julia Chaib na coluna Painel da Folha de São Paulo de 01/03/2018
https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/03/01/ministerio-publico-e-policia-federal-recomendam-afastamento-de-diretoria-da-vale/
O documento, assinado por integrantes do Ministério Público Federal, do Ministério Público de Minas Gerais, e da Polícia Federal, pede ainda que a direção da empresa recomende aos empregados não compartilhar assuntos de “teor estritamente profissional” com essas pessoas, informa a repórter Julia Chaib.
O texto foi entregue em mãos aos advogados do conselho de administração da Vale no final da tarde desta sexta (1º).
O MPF, o MPME e a PF dão 10 dias para que a Vale informe se acatará ou não os pedidos. A omissão de resposta será considerada recusa do pedido.
A recomendação se aplica a Fabio Schvartsman, presidente da Vale; Gerd Peter Poppinga, diretor-executivo de ferrosos e carvão; Lúcio Flavio Gallon Cavalli, diretor de planejamento; Silmar Magalhães Silva, diretor de operações do corredor Sudeste; além de outros três gerentes e dois técnicos.
O texto ainda solicita o afastamento de cinco técnicos e gerentes de atividades relacionadas à “gestão de risco e/ou monitoramento de segurança de barragens”.
“A partir da data da entrega desta recomendação, seus destinatários são considerados como pessoalmente cientes da situação ora exposta e, nesses termos, passíveis de responsabilização por quaisquer eventos que lhes forem imputáveis.”
Os investigadores decidiram pedir o afastamento da diretoria e outros funcionários da Vale para evitar que os integrantes da mineradora combinem versões a serem apresentadas e também ocultem provas.
Se o conselho de administração da empresa não aceitar as recomendações, investigadores não descartam pedir a prisão dos envolvidos. Os diretores da Vale entraram com pedido de habeas corpus preventivo no STJ (Superior Tribunal de Justiça) na terça (26).
A recomendação ocorre uma semana depois de gerentes e técnicos que estavam presos afirmarem em depoimento que diretores da Vale sabiam que havia problemas com a barragem do Córrego do Feijão, que se rompeu em janeiro.
A informação de que o depoimento de um gerente levou a investigação à diretoria executiva da Vale foi revelado pela coluna Mônica Bergamo, da Folha, na terça (26).
Entre os gerentes alvo da recomendação das autoridades de Minas Gerais, estão sete dos oito que foram detidos no dia 15 e tiveram habeas corpus concedido pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) nesta semana.
Reportagem de Julia Chaib na coluna Painel da Folha de São Paulo de 01/03/2018
https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/03/01/ministerio-publico-e-policia-federal-recomendam-afastamento-de-diretoria-da-vale/
Fim do fundão da vergonha
Major Olimpio escreve:
Instituído em 2017 por meio da lei nº 13.487, o fundo especial de financiamento de campanha (FEFC) teria como objetivo principal, nos termos da justificação do projeto que deu origem a ele, “encontrar uma fonte de financiamento que viabilize as campanhas, de preferência sem impor custos adicionais ao erário, na situação de crise econômica que o país atravessa”.
Ou seja, o objetivo principal seria o financiamento de campanhas políticas no país. Porém, o que se percebe é que, com a proibição da doação privada de pessoas jurídicas para campanhas eleitorais, se procurou suprir tal vácuo com a utilização de dinheiro público, o que vai de encontro ao anseio da população brasileira.
Isso porque, em que pese em um primeiro momento ter sido previsto que o FEFC não imporia nenhum custo adicional ao erário, o que ocorre na prática é a transferência das verbas que seriam destinadas às emendas parlamentares para o financiamento de campanhas.
Ora, não me parece razoável nem moral que as verbas que seriam objetos de emendas, que iriam ter como destinação à educação, à segurança pública e à saúde, sejam utilizadas para o financiamento de campanhas.
Apenas para exemplificar, segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o valor do FEFC para a eleição geral do ano passado foi de R$ 1.716.209.431.
Precisamos nos questionar qual é a prioridade do Congresso Nacional: o custeio de campanhas eleitorais com dinheiro público ou o bem-estar de nossa sociedade, a exemplo da construção de escolas e hospitais?
Segundo o inciso II, do art. 16-C, da lei nº 9.504/97, os recursos para abastecimento do fundo são providos com 30% das programações decorrentes de emendas de bancada estadual de execução obrigatória. Ou seja, os recursos destinados pelos parlamentares federais para seus respectivos estados que são destinados à saúde, à educação, à segurança e à infraestrutura são desvirtuados para viabilizar campanhas.
Em um momento de crise como o que passamos, em que se discutem diversas reformas, nós legisladores não podemos passar o péssimo exemplo de permitir a utilização de tal fundo para o financiamento de campanhas, enquanto nossa população carece de atendimento básico em hospitais, de segurança, de escolas e de creches, que não dispõem de estrutura básica para a educação de nossas crianças, entre outras necessidades basilares em todos os estados.
Ainda é importante relembrar que a administração pública tem como um de seus princípios a moralidade de seus atos e, com toda vênia possível, não nos parece que o fundo especial atenda à moralidade pública consagrada no art. 37 de nossa Constituição Federal, sendo a vigência do FEFC uma violação a um princípio constitucional e a sua existência uma flagrante inconstitucionalidade.
Estamos vivendo um grande momento de renovação no cenário político, e isso foi demonstrado diante das urnas na última eleição, com uma renovação significativa tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado Federal. A mensagem foi de mudança. E ela deve caminhar com a transparência e o bom uso do dinheiro público.
Isto posto, desde a época que foi aprovado este “fundo da vergonha”, posicionei-me contra ele. Quando deputado, dei meu voto contrário a essa matéria e não utilizei esse recurso em campanha. Hoje, na posição de senador da República, materializei, há poucos dias, um projeto de lei (555/2019) pedindo o fim dessa vergonha que afronta a moralidade e os anseios da população brasileira, que tanto carece de dias melhores.
Texto de Major Olimpio
Senador (PSL-SP), ex-deputado federal (2015-2019) e estadual (2007-2015), bacharel em direito e policial militar reformado
Na Folha de São Paulo de 02/03/2019
https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/03/o-fundo-especial-para-financiamento-de-campanhas-deve-ser-extinto-sim.shtml
Instituído em 2017 por meio da lei nº 13.487, o fundo especial de financiamento de campanha (FEFC) teria como objetivo principal, nos termos da justificação do projeto que deu origem a ele, “encontrar uma fonte de financiamento que viabilize as campanhas, de preferência sem impor custos adicionais ao erário, na situação de crise econômica que o país atravessa”.
Ou seja, o objetivo principal seria o financiamento de campanhas políticas no país. Porém, o que se percebe é que, com a proibição da doação privada de pessoas jurídicas para campanhas eleitorais, se procurou suprir tal vácuo com a utilização de dinheiro público, o que vai de encontro ao anseio da população brasileira.
Isso porque, em que pese em um primeiro momento ter sido previsto que o FEFC não imporia nenhum custo adicional ao erário, o que ocorre na prática é a transferência das verbas que seriam destinadas às emendas parlamentares para o financiamento de campanhas.
Ora, não me parece razoável nem moral que as verbas que seriam objetos de emendas, que iriam ter como destinação à educação, à segurança pública e à saúde, sejam utilizadas para o financiamento de campanhas.
Apenas para exemplificar, segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o valor do FEFC para a eleição geral do ano passado foi de R$ 1.716.209.431.
Precisamos nos questionar qual é a prioridade do Congresso Nacional: o custeio de campanhas eleitorais com dinheiro público ou o bem-estar de nossa sociedade, a exemplo da construção de escolas e hospitais?
Segundo o inciso II, do art. 16-C, da lei nº 9.504/97, os recursos para abastecimento do fundo são providos com 30% das programações decorrentes de emendas de bancada estadual de execução obrigatória. Ou seja, os recursos destinados pelos parlamentares federais para seus respectivos estados que são destinados à saúde, à educação, à segurança e à infraestrutura são desvirtuados para viabilizar campanhas.
Em um momento de crise como o que passamos, em que se discutem diversas reformas, nós legisladores não podemos passar o péssimo exemplo de permitir a utilização de tal fundo para o financiamento de campanhas, enquanto nossa população carece de atendimento básico em hospitais, de segurança, de escolas e de creches, que não dispõem de estrutura básica para a educação de nossas crianças, entre outras necessidades basilares em todos os estados.
Ainda é importante relembrar que a administração pública tem como um de seus princípios a moralidade de seus atos e, com toda vênia possível, não nos parece que o fundo especial atenda à moralidade pública consagrada no art. 37 de nossa Constituição Federal, sendo a vigência do FEFC uma violação a um princípio constitucional e a sua existência uma flagrante inconstitucionalidade.
Estamos vivendo um grande momento de renovação no cenário político, e isso foi demonstrado diante das urnas na última eleição, com uma renovação significativa tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado Federal. A mensagem foi de mudança. E ela deve caminhar com a transparência e o bom uso do dinheiro público.
Isto posto, desde a época que foi aprovado este “fundo da vergonha”, posicionei-me contra ele. Quando deputado, dei meu voto contrário a essa matéria e não utilizei esse recurso em campanha. Hoje, na posição de senador da República, materializei, há poucos dias, um projeto de lei (555/2019) pedindo o fim dessa vergonha que afronta a moralidade e os anseios da população brasileira, que tanto carece de dias melhores.
Texto de Major Olimpio
Senador (PSL-SP), ex-deputado federal (2015-2019) e estadual (2007-2015), bacharel em direito e policial militar reformado
Na Folha de São Paulo de 02/03/2019
https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/03/o-fundo-especial-para-financiamento-de-campanhas-deve-ser-extinto-sim.shtml
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