
Cotochés encerra atividades
Um exemplo deste desastre social aconteceu em Rio Casca em Minas Gerais, onde a Perdigão demitiu 163 trabalhadores e o governo federal nada fez para impedir.
Eu digo o governo federal, pois o controle acionário da Perdigão, 55,38%, está nas mãos dos fundos de pensão que são controlados por companheiros do PT
Vejam a composição acionária da Perdigão, conforme a ANAPAR(2)
% participação dos principais acionistas
15,72% - PREVI - Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil
11,72% - PETROS - Fundação Petrobrás de Seguridade Social
6,43% - SISTEL -Fundação Telebrás de Seguridade Social -
4,59% - FAPES Fundação de Assistência e Previdência Social do BNDES -
4,15% - VALIA - Fundação Vale do Rio Doce de Seguridade Social
3,55% - REAL GRANDEZA - Fundação de Previdência e Assistência Social
2,17% - LIBRIUM Fundo de Investimentos em Títulos e Valores Mobiliários
1,50% - PREVI-BANERJ Caixa de Previdência dos Funcionários do Sistema Banerj
0,11% - PSPP Perdigão Sociedade de Previdência Privada -
5,45% - Weg Participações e Serviços S.A.
55,38% - Total
A partir de agora as operações industriais ficarão concentradas na unidade de Sabará, onde serão fabricados leites fluidos, aromatizados e creme de leite.
A produção de queijos e requeijão será terceirizada, também em fábricas mineiras.
As instalações de Rio Casca devem funcionar apenas como posto de recepção e resfriamento da produção de leite da região. Com o fim das operações industriais da unidade, 163 funcionários de Rio Casca foram dispensados. Alguns colaboradores permanecerão para trabalhar na recepção e resfriamento do leite.
Uma verdadeira selvageria que se faz com a economia riocasquense.
Mais do que lamentar o ocorrido; num momento como este há que se empenhar, o poder executivo e a iniciativa privada para que outros investimentos venham fortalecer a economia de nossa cidade.
Imaginem o seguinte impacto :
Se 163 demitidos receberem um salário mínimo cada (nivelando por baixo), então serão aproximadamente R$65.000 mensais a menos em nossa cidade, sem contar arrecadação de impostos e etc.
É utópico acreditar que o acordo com os produtores rurais garante os recursos para o município pois esta é uma pequena parte beneficiada no âmbito da economia da cidade já que os demitidos não possuem mercado de trabalho oferecendo recolocação.
Se vai a Cotoches, esforço de todos se faz necessário para que não tenhamos um quadro caótico em nossa cidade.
Menos recursos significam menos dinheiro para todos, mais inadimplência, maior criminalidade a médio prazo; e a longo prazo uma evasão de comércios, investimentos e pessoas.
E todo o discurso que todos sempre fazem sobre a localização geográfica, a passagem da BR e etc ?
Não dá pra ficar sem perguntar quem é que ganha com isso.
Subsídios de impostos, doação de áreas para um parque industrial, subsídio de formação e capacitação de mão de obra são coisas obrigatórias de se pensar para que possamos reverter a situação e não nos tornarmos uma cidade abandonada.(3)
Créditos
(1) Da coluna Mercado Aberto da Folha de São Paulo de 25/01/2009
(2) Da revista da ANAPAR - http://www.anapar.com.br/noticias.php?id=378
(3) Do Rio Casca On Line de 05/01/2009 - http://riocascaonline.com.br/